O greening dos citros - ou huanglongbing (HLB) - é hoje a principal dor de cabeça dos citricultores. Não à toa, o Estado do Paraná decretou emergência fitossanitária para combater a doença, que possui efeitos devastadores nos pomares.

A FOLHA visitou em novembro deste ano uma propriedade rural de Uraí (Região Metropolitana de Londrina) que tem a produção de laranja como foco. Entrando no sítio, logo se percebe a presença das famosas armadilhas amarelas, que servem para detectar a presença do psilídeo, inseto que é vetor da bactéria causadora do greening.

Os agricultores Riuji e Vanda Sumiya produzem laranja há cerca de 15 anos e vêm se mobilizando no manejo da doença. “Tem que ficar em cima, tem que obedecer às ordens da agrônoma”, brinca Vanda, que ressalta que o greening “não é brincadeira”.

“É muito importante que o citricultor busque técnicas preventivas para postergar a longevidade do seu pomar. O uso de mudas sadias, de um viveiro certificado, começa por aí. Desde a implantação do pomar, o uso de quebra ventos também é indispensável para evitar a vinda de pragas de outras áreas”, diz o gerente técnico da Cooperativa Integrada, Wellington Furlaneti, que ressalta ainda o uso de produtos químicos para controle do psilídeo; esse controle é importante porque a vida útil do pomar pode passar de 20 anos.

"Não é uma cultura que se estabelece em um ano e no outro se reimplanta outra. Realmente, é preciso esse acompanhamento frequente para assegurar a produtividade ao longo dos anos.”

O FolhaCast de hoje conta a história e as aventuras do casal Sumiya na citricultura, e mostra algumas das técnicas de controle à doença.

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