A inclusão no mercado de trabalho é mais difícil para quem não possui qualificação profissional ou técnica e a escolha do que fazer no ensino superior pode representar um desafio para algumas pessoas. De acordo com dados do estudo “Futuro do Mundo do Trabalho para as Juventudes Brasileiras”, realizado por um conjunto de organizações da sociedade civil, mais da metade dos jovens do país (58,8%) acredita que é difícil encontrar cursos sintonizados com as vagas existentes, o que provoca o afastamento do público de oportunidades no mercado.

Para a reitora da Universidade Anhanguera, Flávia Frutos, os interessados em uma profissionalização precisam levar em consideração quais são as formações com projeção de crescimento nos próximos anos. Para auxiliar na decisão sobre qual caminho seguir, um teste vocacional é recomendado por especialistas. “Essa técnica contribui para que cada um consiga descobrir suas aptidões espontâneas com base em uma avaliação da personalidade do aluno e análise das possibilidades de emprego no momento”, comenta.

Existem diversas modalidades para realizar a orientação vocacional e, em geral, são analisados cinco aspectos de cada estudante: o perfil psicológico, as preferências pessoais, as habilidades naturais, os objetivos e a sua personalidade. O exame acontece por meio de entrevistas e testes para identificar os níveis de interesse em assuntos variados, além das formas de raciocínio e de memória dos alunos que podem ser aproveitadas em diferentes carreiras.

Os profissionais habilitados a realizar a avaliação de forma completa e assertiva são os psicólogos especializados, que têm autorização do Conselho Federal de Psicologia. Os graduados nessa área conseguem assimilar os traços individuais com embasamentos teóricos e científicos, com o objetivo de apresentar direcionamentos estratégicos para o sucesso profissional. A avaliação pode, também, ser feita de forma on-line por meio da plataforma Teste Vocacional Orientu da Anhanguera.

NOVOS RUMOS

Mesmo com uma grande gama nas possibilidades, as novas oportunidades de empregabilidade continuam a surgir. Ainda de acordo com o levantamento da pesquisa “Futuro do Mundo”, as profissões relacionadas à saúde, como enfermagem, fisioterapia e medicina, continuam em alta nas demandas do mercado. Os campos da economia criativa (atividades artísticas e culturais), da economia verde (soluções para o meio ambiente e empresas) e da economia digital (processamento de dados, programação e inteligência artificial) têm ascensão para o futuro.

Como recomenda a reitora da Anhanguera, entrar em contato com as instituições de ensino superior e realizar testes vocacionais é a maneira mais eficiente de conhecer as opções de carreiras mais promissoras. “Esse processo contribui para a reaproximação de jovens do trabalho formal e diminuir as taxas de desemprego entre pessoas com menos de 30 anos”, conclui.