Álbum icônico do Arctic Monkeys, “AM”, completa dez anos em 2023. Isso mesmo. Se você se sentiu velho agora espere para saber que Alex Turner, o vocalista, crush de uma geração, já está com 37 anos.

Em 2013, enquanto o disco mudava a trajetória do Arctic Monkeys para sempre, com ele, as primeiras impressoras 3D surgiram para mudar o modo como damos vida a objetos, os primeiros smartphones com impressão digital revolucionaram a comunicação e segurança pessoal e os drones fizeram seus primeiros voos. Esses são só alguns dos fatos que comprovam que o tempo passou rápido.

O Arctic Monkeys era famoso na época como uma banda indie daquelas que tocam em festas com meia luz e adolescentes com caras tristes e visuais descolados, assim como tocavam os sucessos indies The Killers e The Strokes - você lembra, você estava lá, nós sabemos - a última coisa que eles esperavam, no entanto, era o sucesso astronômico ao qual seu novo álbum os levaria. Setembro de 2013 e “AM” catapulta os jovens dos palcos dos pubs ingleses para as arenas de grandes festivais. O álbum foi uma surpresa, boa, para o público e para crítica; estreando no topo das paradas musicais e vendendo mais de 150 mil cópias na semana do lançamento, segundo o “The Guardian’’.

Mas porque está se falando de novo nesse álbum? se pergunta você que com certeza está acima dos 30 anos e não sabe que ele viralizou no Tik Tok. A sonoridade. Mesclando guitarras do hard rock setentista com batidas de rap atuais, o disco é atemporal. Possui 12 faixas e 4 singles, sendo “Do I Wanna Know?’’, “Why’d You Only Call Me When You’re High’’, “I Wanna Be Yours’’ e “R U Mine?’’ as de maior sucesso da banda.

A inovação do álbum ainda tem a participação do vocalista do Queens of Stone Age, Josh Homme, que colabora para que o álbum se destaque pela sua sonoridade singular sob influências de ritmos musicais como R&B e Heavy Metal, e uma extensa variedade de instrumentos musicais em suas composições tais como as tradicionais guitarras, baixo, bateria, teclado e sintetizadores. Quer mais?

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Imagem ilustrativa da imagem Álbum 'AM' do Arctic Monkeys comemora 10 anos
| Foto: Divulgação

CONHEÇA O ARCTIC MONKEYS

O Arctic Monkeys é uma banda de rock formada em Sheffield, na Inglaterra, que teve seu início em 2002. A banda era formada inicialmente por Alex Turner no vocal e na guitarra, Jamie Cook na guitarra, Matt Helders na bateria e Andy Nicholson no baixo. O grupo publicava suas gravações no MySpace, rede social muito usada na época.

Após destaque dentro do underground britânico, o grupo ganhou contrato com a gravadora “Domino Records’’em 2005. Seu primeiro single “I Bet You Look Good On The Dance Floor" foi lançado em outubro do mesmo ano, alcançando o topo das paradas britânicas, segundo a Billboard.

Surfando no hype do single, em janeiro de 2006, o disco "Whatever People Say I Am, That’s What I’m Not" foi o primeiro álbum da banda. A produção teve uma ótima aceitação e ficou no topo das mais tocadas do Reino Unido, além de alcançar o 24º lugar nos rankings globais segundo a revista. O segundo disco viria um ano após: o álbum "Favourite Worst Nightmare", considerado mais denso e audacioso. Alterando sua estética e sonoridade, a banda adicionou batidas mais dançantes, além de trazer dramaticidade nas letras. O álbum também performou bem e esteve entre as mais ouvidas pelos jovens naquele momento.

‘’Humburg’’ foi o terceiro e viria apenas dois anos mais tarde. Mostrando amadurecimento, o álbum trouxe um ritmo desacelerado, priorizando os vocais e trazendo uma atmosfera sombria para a sonoridade da banda, além de marcar a primeira grande mudança da banda.

Já em 2011 os músicos resolveram ir na direção oposta do seu último lançamento."Suck It and See" apresenta uma estética pop e post-punk para os arranjos e composições.

Depois do lançamento de 'AM', a banda retornaria 5 anos depois com o ''Tranquility base hotel & casino'' álbum esse que teria dificuldades em ser aceito no seu período de lançamento. A produção conta com 11 músicas, sendo todas elas arranjadas em torno do piano, com pouquíssimas linhas de guitarras e de baixo, decisão que desagradou os fãs da banda naquele período.

O último álbum da banda viria a ser lançado no ano passado. ''The Car'' foi considerado uma produção mais madura e adulta, contando com 10 faixas o sétimo disco problematiza a vida adulta e combina Jazz e Blues nas suas composições, sendo uma extensão do disco anterior.