A Prefeitura de Londrina planeja obras de mobilidade urbana para oferecer mais opções de acesso à zona sul, em especial para a Gleba Palhano e adjacências. Uma das intervenções idealizadas é a duplicação da rua Constantino Pialarissi, a partir do viaduto da PR-445, passando ao lado da reitoria da UEL (Universidade Estadual de Londrina), até chegar na região do condomínio Royal Golf.

A via é de terra por um longo trecho depois da universidade e a proposta é que seja feita a pavimentação em pista dupla, com toda a infraestrutura arborização e iluminação. “Temos necessidade de novas vias. A zona sul cresceu demais e o trânsito está estrangulado”, destacou Fábio Cavazotti, secretário municipal de Gestão Pública.

Atualmente, as rotas para entrar e sair dos bairros da zona sul se resumem a poucas avenidas, como Madre Leônia, Ayrton Senna e rodovia Mábio Gonçalves Palhano. “Nos horários de pico é muito movimento. Têm vezes de ficar um longo tempo parado, esperando para sair, fora os acidentes de motociclistas”, relatou Carolina Damitto Rosa, gerente do condomínio Royal Golf, em referência ao cruzamento da avenida Rui Ferraz de Carvalho com a Constantino Pialarissi, onde será feita uma rotatória. “Essa obra vai facilitar muito. Milhares de pessoas trabalham aqui”, constatou.

Outra construção compreende a duplicação da avenida Octávio Genta e construção de alguns trechos, interligando a via até a Waldemar Spranger. “Sairia no Arco Leste e com isso passaríamos a ter inúmeras possibilidades, tanto para saída, quanto para chegada da região sul”, apontou o secretário municipal de Obras e Pavimentação, João Verçosa. As duas melhorias dependem de desapropriações de terrenos.

Ao longo da rua Constantino Pialarissi os proprietários já sinalizaram, informalmente, o interesse de repassar parte dos espaços para o poder público. O projeto inicial nesta intervenção seria utilizar parte da área da UEL, entretanto, o governo do Estado não autorizou e o plano foi atualizado.

PONTE

Também perto da instituição de ensino, está prevista a edificação de uma ponte entre o final da avenida Vinicius de Moraes e a estrada Armarinho Paulista. A interseção em desnível deverá passar sobre o Ribeirão Esperança. “Quem mora no meio dos condomínios não precisaria ir para as vias movimentadas, já que sairia entre o jardim Columbia e a universidade. Isso vai diluindo o trânsito, reduzindo acidentes e congestionamentos”, defendeu Verçosa.

Na terça-feira (9), representantes das secretarias de Obras, Planejamento, Gestão Pública, além do Ippul (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina), estiveram em vários pontos em que estão previstas obras viárias para conferência dos projetos e alinhamento dos próximos passos para que tudo saia do papel ao longo dos próximos anos de administração.

Fábio Cavazotti afirmou que as ações foram pensadas a partir do Plano de Mobilidade Urbana, com classificação de prioridade. “Vai ter recurso. O prefeito tem capacidade de conseguir verba, financiamento. É um conjunto de obras prioritárias que cabem no orçamento da prefeitura”, garantiu.

ZONA LESTE

Na zona leste de Londrina a proposta é para o alargamento da pista na avenida das Maritacas, entre a Angelina Ricci Vezozzo e a rua Pedro Boratin. Uma empresa vai pagar a confecção do projeto por meio de compensação de EIV (Estudo de Impacto de Vizinhança). A medida seria um passo para, no futuro, ser edificado um viaduto na avenida Nova Londrina, em frente ao parque tecnológico. “Os motoristas poderiam acessar a avenida das Maritacas sem precisar chegar no semáforo do Grêmio”, indicou o secretário de Gestão Pública.