Assim como a meditação, a musicoterapia ativa diferentes partes do cérebro humano, provocando efeitos benéficos para o bem-estar geral. "Nós utilizamos música, som, ritmo, melodia e harmonia para reabilitar e, especialmente, prevenir doenças. Os efeitos são tanto mentais quanto físicos porque a emoção, a expressão contida pode provocar certos desequilíbrios no organismo", explica a musicoterapeuta Marilia Aguilar Lopes, de Londrina.

Sintomas relacionados ao estresse, deficiências de desenvolvimento e aprendizagem, doença de Alzheimer e outras condições relacionadas ao envelhecimento, doenças cardiopulmonares, lesões cerebrais, dores crônicas e agudas estão entre os principais beneficiados pela terapia sonora.

"É preciso conhecer o histórico sonoro do indivíduo, que inclui desde a voz da mãe durante a gestação até os barulhos da casa em que ele cresceu e as músicas que ouve. Depois, o histórico médico é traçado. A partir disso, a terapia é aplicada", detalha Marilia. Para ela, a inclusão de terapias preventivas, como a musicoterapia, é essencial para um sistema de saúde tão sobrecarregado como o brasileiro. "Estamos num momento em que a prevenção é mais importante do que nunca", pondera. (J.G.)