O ômega 3 é a gordura do bem e deve ser contemplado na alimentação. A nutricionista Débora Sorgi diz que os peixes são ricos em gorduras poli-insaturadas e ácidos graxos essenciais que a gente não consegue produzir, como é o caso do ômega 3, que é um ácido graxo de maior dificuldade de ser encontrado nos alimentos.

"Os peixes são os alimentos que têm maior quantidade, mas a minha questão é o quanto a gente consegue utilizar disso, através do tipo de preparo. Afinal de contas, sempre que o alimento sai da natureza ele começa a perder nutrientes", acrescenta.

Para Thaís Martins Salomão, também nutricionista funcional, a melhor forma de consumo de peixes é cozido ou grelhado, evitando sempre a fritura. Se consumido cru, é importante considerar as condições de armazenamento e preparo para evitar o risco de intoxicação alimentar.

Quanto à recomendação diária de consumo, Thaís diz que comumente a indicação é de pelo menos 1 grama de ômega 3 diariamente. "Essa dose já é interessante, por exemplo, para redução do processo inflamatório. Pensando no peixe em si, isso equivale a um filé de aproximadamente 100g", calcula.

No entanto, as profissionais citam que estudos apontam em peixes marinhos e de grande porte, como o salmão, um maior teor de mercúrio e alumínio que são tóxicos para o organismo. "Pela questão da presença de metal pesado, passei a recomendar um consumo mais variado de peixes e não somente do salmão", completa Débora. Ela destaca, por exemplo, peixes como a sardinha, excelente fonte de ômega 3, mas também outras espécies de águas profundas e salgadas como o arenque, cavala e atum.

A suplementação do ômega 3 pode ser uma saída, segundo a profissional, mas é preciso ser prescrito por um nutricionista, "pois os suplementos sempre têm doses mais concentradas e podem ter interações com medicamentos." (M.O.)