Na Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea, celebrada de 14 a 21 de dezembro, o INCA (Instituto Nacional de Câncer) convoca os doadores cadastrados a atualizarem os dados no site do Redome (Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea).


"A identificação de um doador compatível é um grande desafio para os pacientes que necessitam de um transplante de células-tronco hematopoéticas e, apesar de termos o terceiro maior registro do mundo, muitas vezes esta doação não ocorre porque não conseguimos localizar o doador compatível em tempo hábil", explica Danielli Oliveira, coordenadora do Redome.


Com o maior número de doadores acessíveis através de telefones e endereços corretos, é possível agilizar o contato e a confirmação da compatibilidade. Para se ter uma ideia, 30% dos possíveis doadores que apresentam uma compatibilidade inicial com algum paciente não podem ser contatados.


INDICAÇÃO


O transplante de medula óssea é um tratamento proposto para algumas doenças que afetam as células do sangue, como as leucemias e os linfomas. É realizado através da substituição de uma medula óssea doente, ou deficitária, por células sadias da medula óssea, com o objetivo de reconstituição de uma nova medula saudável.


É indicado para doenças relacionadas com a fabricação de células do sangue e com deficiências no sistema imunológico, pacientes com leucemias originárias das células da medula óssea, linfomas, doenças originadas do sistema imune em geral, dos gânglios e do baço, e anemias graves (adquiridas ou congênitas).


Outras doenças, não tão frequentes, também podem ser tratados através de transplante de medula, como as mielodisplasias, doenças do metabolismo, doenças autoimunes e vários tipos de tumores.


Em 2015, foram 299 transplantes realizados através de buscas por doadores não aparentados. Em 2016, este número alcançou 381 pacientes e até novembro de 2017 foram 349 transplantes. Para se ter uma ideia, dez anos atrás, em 2007, o número de transplantes realizados era de 136 no total.


No entanto, apesar da evolução dos números, ainda é fundamental que a mobilização continue, pois o número de pacientes em busca de transplante de medula óssea é grande. Em 2016, foram 1536 novos casos em busca de doadores e neste ano, já são 1522 novos pacientes que entraram para busca.


SEJA UM DOADOR


Para se tornar um doador de medula, basta procurar um Hemocentro e retirar um pouco de sangue para testes realizando um cadastro com dados atualizados. É necessário:


– Ter entre 18 e 55 anos de idade.

– Estar em bom estado geral de saúde.

– Não ter doença infecciosa ou incapacitante.

– Não ter histórico de doença neoplásica (câncer), hematológica (do sangue) ou do sistema imunológico.

– Algumas complicações de saúde não são impeditivas para doação, sendo analisado caso a caso.


Para encontrar a lista de hemocentros que realizam os cadastros, além de informações sobre doação de medula óssea, acesse www.redome.inca.gov.br.