Mesmo procurando um médico, o diagnóstico do câncer de pulmão é difícil de ser realizado, mas é fundamental que o paciente persista para ter êxito em seu tratamento. Quando a servidora do Tribunal de Justiça da Bahia, Iane Cardim, 48, contraiu uma virose em 2015, ficou com uma tosse persistente e resolveu procurar um médico. Mal sabia ela que aquela consulta seria a primeira de muitas que teria de realizar até conseguir um diagnóstico preciso, já que a tosse não era decorrente da virose.
À medida que seu quadro clínico foi piorando, passou por diferentes profissionais. Foram aproximadamente 20 médicos, entre alergologistas, otorrinolaringologistas, pneumologistas, gastroenterologistas e oncologistas. Isso sem contar os mais diversos exames solicitados: ultrassom, radiografia, endoscopia, tomografia, ecocardiograma, eletrocardiograma, broncoscopia, duplex scan, cintilografia com e sem contraste, torocotomia.
Foram seis meses até conseguir identificar o câncer de pulmão, em dezembro de 2015. Desde que foi submetida à cirurgia e aos tratamentos radioterápico e quimioterápico, Cardim já fez várias realizações, como viagens nacionais e internacionais, voltar a jogar tênis, estudar espanhol e ser voluntária em eventos. "Não é o peso da carga que derruba você. É a forma como você carrega esse peso. A vida me foi muito generosa ensinando a acomodar essa carga", destacou ela, que começou a fumar aos 18 anos. (V.O.)