"Os alunos atuais são questionadores e têm opinião própria. Acho ótimo que sejam assim", diz a professora Lygia de Souza Guerino
"Os alunos atuais são questionadores e têm opinião própria. Acho ótimo que sejam assim", diz a professora Lygia de Souza Guerino | Foto: Fotos: Rei Santos
Miguel Medeiros, de 9 anos, se prepara para iniciar o 5o ano em 2017: "Passei a aprender com meus próprios erros"
Miguel Medeiros, de 9 anos, se prepara para iniciar o 5o ano em 2017: "Passei a aprender com meus próprios erros"



Além do acréscimo de um ano no ensino fundamental, a rede municipal de Londrina mudou a metodologia para alfabetizar. "Hoje essa fase é mais lúdica, atrativa e interativa", dizem as pedagogas Andréia Scatolin e Franciele Medeiros, auxiliares de supervisão da Escola Municipal Maria Carmelita Vilela Magalhães. Elas observam que antes da ampliação do fundamental, as crianças que chegavam à escola tinham dificuldade para socializar e a oralidade menos desenvolvida, o que influenciava na alfabetização. "Agora percebemos que elas chegam com mais interesse em aprender", pontuam.
Elas destacam que a maior dificuldade nesta fase, atualmente, diz respeito às crianças que vêm da rede particular e por isso são mais novas. "Quase 100% dos alunos que fazem reforço no contraturno são crianças que anteciparam o processo. Nosso método é sociointeracionista, por isso, é preciso que elas tenham maturidade para se relacionar e aprender", reforçam, lembrando que as crianças precisam brincar muito para desenvolver o processo de abstração.
A professora Lygia de Souza Guerino dá aulas para o 5º ano na escola e garante que os alunos que entraram no ciclo de cinco anos estão chegando mais preparados a esta fase do fundamental 1. "São menos dependentes e possuem uma boa base para aprender", avalia. Ela destaca que as famílias que conseguem acompanhar os estudos e ajudar a criança a criar uma rotina de tarefas acabam facilitando o processo. "Os alunos atuais são questionadores e têm opinião própria. Acho ótimo que sejam assim", diz.
Aos 9 anos, Miguel Medeiros se prepara para iniciar o 5º ano em 2017 e considera que está preparado para o desafio. "No 1º ano eu era bem distraído, fazia uma coisa pensando em outra, mas agora aprendi a ser focado no que a professora ensina e também a aprender com meus próprios erros", diz o menino, que gosta das disciplinas de matemática e ciências, mas ainda não sabe qual profissão vai seguir no futuro. "Só sei que pretendo ser um bom homem", avisa. (C.A.)

As pedagogas Andréia Scatolin e Franciele Medeiros: crianças chegam com mais interesse em aprender
As pedagogas Andréia Scatolin e Franciele Medeiros: crianças chegam com mais interesse em aprender