Curitiba - A votação em primeiro turno do projeto de lei 20/2015, que proíbe, como único meio de cobrança, a utilização de comandas para registrar os gastos de clientes em bares, boates e casas de show do Paraná, foi adiada por dez sessões na Assembleia Legislativa (AL). O pedido de protelação partiu do líder do governo na Casa, Luiz Claudio Romanelli (PSB), e gerou indignação por parte do autor do texto, Pastor Edson Praczyk (PRB). Foram 22 votos favoráveis ao requerimento, 11 contrários e uma abstenção.
Romanelli alegou que a matéria é "flagrantemente inconstitucional". Praczyk argumentou, por sua vez, que o PL foi aprimorado e que o objetivo final é apenas que os estabelecimentos ofereçam mais de um modo de cobrança, o que pode ser inclusive o pagamento a cada solicitação. Ele chegou a afirmar que, por conta do imbróglio, vai repensar o convite que recebeu para integrar a bancada governista. "Se com uma coisa tão pequena como essa eu não tenho condições de levar, pelo amor de deus", disparou.
A mensagem original simplesmente proibia o uso de comandas. No entanto, ela foi emendada duas vezes, pelo próprio Praczyk e na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Presente à votação, o presidente da Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar), Fábio Aguayo, falou que, com as mudanças, passou a concordar com a proposta. "Hoje a tecnologia nos dá opção. A gente não precisa ficar refém desses papeizinhos. Temos pulseiras de controle, cartões pré-pagos e vários outros sistemas."