Imagem ilustrativa da imagem Vereador nega que votos contra CP foram discutidos em jantar
| Foto: Devanir Parra/CML



O vereador Jamil Janene (PP) foi ouvido na manhã desta quinta-feira (19) pelo Gepatria (Grupo Especializado na Proteção ao Patrimônio Público e no Combate à Improbidade Administrativa), que abriu procedimento no início desta semana para investigar supostas indicações ao Executivo para barrar a CP (Comissão Processante) contra os vereadores Rony Alves (PTB) e Mário Takahashi (PV), réus na Operação ZR3.

Janene foi um dos quatro vereadores que votaram contra a abertura da CP, que teve o apoio da maioria dos parlamentares e pode culminar com a cassação dos dois vereadores após a conclusão das investigações.

Questionado pela FOLHA sobre um churrasco que teria sido realizada na casa do parlamentar no último dia 12, Janene respondeu que todos os vereadores foram convidados e apenas cinco não compareceram. Além disso, membros do governo estadual e a equipe do prefeito Marcelo Belinati também teriam participado da festa. Ele negou que o jantar tenha sido usado para combinar votos para "salvar" os mandatos dos vereadores afastados após a Operação ZR3.

No início da sessão desta quinta-feira (19), Janene pediu a suspensão da sessão e discursou por mais de 20 minutos no plenário. "Votei contra (a CP) porque não vi nenhuma vírgula que incrimine Rony ou o Mário", justificou o vereador, que ocupa o cargo de corregedor da Câmara.

"Como vereador, eu votei contrariamente, pois passei por esse mesmo constrangimento há oito anos. Eu também sofri um processo, o juiz aceitou também. Naquele momento, eu fui afastado do meu mandato de vereador . Só não usei tornozeleira, pois não existia. E aquela Legislatura não abriu processo de cassação, confiando que eu não devia nada", lembrou Janene, que acabou absolvidos dos processos.

O prefeito Marcelo Belinati também negou que indicações de cargos ao Executivo estejam relacionadas com a investigação contra os parlamentares. "Eu nunca me intrometi em assuntos internos da Câmara nem cabe ao prefeito esse tipo de ação. Aliás o objeto da investigação contra os dois são de fatos referente a administracao anterior. Nunca interferi e nunca irei interferir. Não existe isso."

(Com informações do repórter Vitor Struck)