Foi encaminhada para a sanção do prefeito Marcelo Belinati (PP) a redação final do projeto de lei que prevê a aplicação de testes de triagem do Transtorno do Espectro do Autismo em todas as unidade básicas de saúde de Londrina. A redação final do PL, de autoria do vereador Jairo Tamura (PR), foi aprovada na sessão ordinária dessa terça-feira (19), e estabelece a utilização de um procedimento utilizado em diversos países, conhecido como M-Chat (Modified Checklist for Autism in Toddlers), e é indicado para crianças entre 18 e 36 meses.

"É um formulário com 23 perguntas, uma identificação prévia que dependendo das respostas identifica uma sinalização que pode ter um grau maior ou menor de autismo", salienta o vereador.

No entanto, segundo especialistas, já é possível iniciar os diagnósticos a partir dos seis meses de vida da criança. Dentre os sinais mais comuns e precoces para se diagnosticar o autismo está a ausência de reações quando chamada pelo nome, além de não imitar o comportamento das outras crianças.

Em Londrina não é possível saber exatamente quantas crianças são portadoras do transtorno, no entanto, o vereador salienta que, no mundo, estima-se que uma em cada 59 crianças é diagnosticada com a doença.

"Fizemos uma carteirinha oficial na Secretaria de Saúde, temos mais de 300 crianças nesse movimento, que seria de identificação do autismo, mas não temos ainda uma estatística na cidade. Então este cadastramento dá uma ideia", afirma.

Questionado se será preciso realizar alguma capacitação com os profissionais da rede municipal de Saúde, Tamura diz que sim, e que deve ficar para depois da sanção do prefeito.