O deputado estadual Tercílio Turini assinou nesta segunda-feira (25) sua filiação ao MDB. O parlamentar conseguiu nas últimas semanas a anuência estadual e federal para deixar o PSD, do governador Ratinho Junior, e agora trabalha para construir sua pré-candidatura à Prefeitura de Londrina.

A cerimônia de filiação contou com a presença do presidente do MDB do Paraná, deputado estadual Anibelli Neto, do ex-governador Orlando Pessuti e do deputado federal Sergio Souza, além de outras lideranças partidárias.

Como a janela para mudança partidária neste ano é exclusiva para vereadores, os deputados só podem mudar de legenda com autorização dos diretórios estaduais e federais. E cabe ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral) homologar a mudança.

O deputado estadual não esconde sua vontade de concorrer no pleito de outubro, o que classifica como uma forma de encerrar seu “ciclo” na política, e vinha articulando a mudança partidária há alguns meses. O ponto é que há outros pré-candidatos no PSD, como os deputados estaduais Tiago Amaral e Cloara Pinheiro, e a federal Luísa Canziani.

“A gente tem a pretensão de ser pré-candidato, mas não gostaríamos de fazer uma concorrência interna”, pontuando que, como está na base do governador, a ideia sempre foi migrar para outra legenda “aliada” a Ratinho.

“Nós conseguimos há cerca de duas semanas a autorização do PSD do Paraná e, na sequência, conseguimos do nacional. Fomos até o TRE-PR, que homologou, dando uma tutela antecipada, e ficamos livres, percorrendo todo o caminho legal”, explica Turini, que já havia sido convidado pelo partido há cerca de dois anos.

Ele lembra que o MDB não possuía deputados na região de Londrina e que há um espaço para o trabalho legislativo pela legenda. O desafio também é conquistar cadeiras na CML (Câmara Municipal de Londrina).

“Agora, vamos fazer um trabalho para fomentar pré-candidatos a vereador, que venham a compor com a gente na chapa, e passar, na sequência, a construir um plano de governo e tentar formar uma candidatura”, acrescenta.

PRÓXIMOS PASSOS

Turini avalia que o trabalho para construção da chapa de vereadores “está apertado”, já que o prazo de filiação de quem vai concorrer termina em abril. É um esforço para buscar lideranças estudantis e empresariais, por exemplo, que já vinham manifestando a vontade de concorrer, explica o deputado.

“E depois, na sequência, chamar pessoas técnicas para discutir um plano de governo para a gente se aprofundar no debate de propostas, inovar em algumas questões, e discutir a cidade como um todo”, acrescenta.

CENÁRIO ELEITORAL

Conforme o fim do período para filiação se aproxima, o cenário eleitoral de Londrina vai ficando mais claro, com os prováveis pré-candidatos já sendo anunciados pelos partidos. O prefeito Marcelo Belinati (PP), por exemplo, comunicou na semana passada que a secretária de Educação, Maria Tereza Paschoal de Moraes, é sua pré-candidata à sucessão.

“Como o Marcelo Belinati está terminando o mandato e não pode ser candidato, e não tem nenhuma outra figura, assim, anterior, com potencial grande de voto, que dispara, eu diria que a eleição em Londrina é totalmente aberta”, projetando que “seguramente” o pleito irá para o segundo turno. “O quadro vai clareando a partir de agora.”