Brasília Em alguns casos, os próprios ministros estão cuidando da redistribuição do espaço. A ministra-chefe da Secretaria de Direitos da Mulher, Emília Fernandes, que estava se considerando uma ''quase sem-teto'' pelo pouco espaço que têm no Ministério da Justiça, já se acertou com Cristovam Buarque e está de mudança para o prédio do Ministério da Educação.
Situação complicada é da Secretaria de Combate à Discriminação Racial, criada na semana passada e que possui apenas uma sala no Planalto, cedida pela Secretaria-Geral. O governo está propondo que a secretária Matilde Ribeiro se mude para o Ministério das Comunicações.
Outro membro do primeiro escalão que está fora da Esplanada e não terá como voltar para lá é o controlador-geral da União, Waldir Pires. Ele estava ocupando um modesto gabinete em um edifício situado no setor de autarquias, mas, depois de muita reivindicação, conseguiu ampliar seu espaço e hoje ocupa salas em três andares. Todo o processo de negociação foi conduzido pela Casa Civil, chefiada pelo poderoso José Dirceu. ''Ou baixa o centralismo e alguém decide ou não se consegue nada'', comenta um dos responsáveis pelas mudanças.