O advogado José Rodrigo Sade foi o escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para para integrar a corte do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR). O documento foi assinado nesta quarta-feira (7) e aguarda publicação no Diário Oficial da União.

O nome de Sade estava na lista tríplice aprovada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na última quinta-feira (1º), e enviada para avaliação de Lula. Além dele, disputavam o cargo Graciane Aparecida do Valle Lemos e Roberto Aurichio Júnior.

A vaga preenchida pelo jurista estava aberta desde o fim de janeiro, quando o juiz Thiago Paiva deixou o cargo.

José Rodrigo Sade é formado pela PUC-PR, em 1999, e sócio da Demeterco Sade Advogados, escritório com sede em Curitiba. Ele já defendeu o ex-deputado e ex-procurador Deltan Dallagnol (Novo), que coordenou a Operação Lava Jato.

O advogado chegou a atuar no TRE-PR como juiz substituto, cumprindo o mandato até o fim do mês passado. Ele havia sido indicado, em janeiro de 2022, pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL).

Sergio Moro é alvo de duas ações que acusam o senador de abuso de poder econômico pela realização de gastos irregulares, além de caixa dois e utilização indevida de meios de comunicação social
Sergio Moro é alvo de duas ações que acusam o senador de abuso de poder econômico pela realização de gastos irregulares, além de caixa dois e utilização indevida de meios de comunicação social | Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

JULGAMENTO DE MORO

Depois de tomar posse, Sade deve participar do processo que pode levar à cassação do senador Sergio Moro (União Brasil). O novo presidente do TRE-PR, desembargador Sigurd Roberto Bengtsson, aguarda a cerimônia para marcar a data do julgamento do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública.

Conforme o Código Eleitoral, as decisões dos tribunais regionais em ações que tratam da cassação de mandato só podem ser tomadas com o quórum completo com os sete juízes.

Moro é alvo de duas Ações de Investigação Judicial Eleitoral (AIJEs) protocoladas pelo PT e pelo PL, que acusam o senador de abuso de poder econômico pela realização de gastos irregulares, além de caixa dois e utilização indevida de meios de comunicação social, no período de pré-campanha para Presidência da República em 2022.

Procurado pela FOLHA, o senador Sergio Moro informou que, por enquanto, não irá se manifestar sobre o caso.