"Novas medidas poderão ser adotadas, mas só após a volta do governador e a análise por parte da Procuradoria Geral do Estado", esquivou-se o líder da situação, Luiz Cláudio Romanelli (PSB)
"Novas medidas poderão ser adotadas, mas só após a volta do governador e a análise por parte da Procuradoria Geral do Estado", esquivou-se o líder da situação, Luiz Cláudio Romanelli (PSB) | Foto: Fotos:Pedro de Oliveira/Alep



Curitiba – O governador Beto Richa (PSDB) deve enviar à Assembleia Legislativa (AL) do Paraná, nos próximos dias, mais um pacote de projetos para redução de gastos. A expectativa é de que as mensagens, que já geram discussões nos bastidores da Casa, comecem a tramitar após o tucano retornar de uma viagem oficial ao Reino Unido, na próxima quarta-feira (21). A questão foi debatida durante a sessão plenária de ontem. O que se especula é que entre elas estejam questões como regulamentação da gratificação por dedicação exclusiva nas universidades, mudanças nas aposentadorias dos policiais militares, até mesmo com convocação de inativos, e vendas de ações e/ou imóveis de estatais.

O líder da situação, Luiz Cláudio Romanelli (PSB), porém, garante que nada está definido e que a intenção é apenas otimizar o uso do dinheiro público. "O governo tem obviamente um conjunto de medidas que estão sendo adotadas para reduzir a despesa. Novas medidas poderão ser adotadas, mas só após a volta do governador e a análise por parte da Procuradoria Geral do Estado (PGE)", afirmou. Ele mencionou somente dispositivos relacionados à segurança pública. "Hoje, os policiais militares se aposentam com 25 anos de serviço. Nós vamos criar um incentivo financeiro para fazer com que permaneçam por mais tempo ativos", contou.

"Ao mesmo tempo, estuda-se a possibilidade de se fazer a compra de folga dos policiais militares. Seria um serviço extraordinário, como se fosse no setor privado. Com isso, teríamos mais efetividade de policiamento na rua, naturalmente mantendo os horários bem definidos de intrajornada. Outro projeto é fazer com que servidores da segurança já inativos possam ser convocados para trabalhar em serviços administrativos da PM, liberando os militares que operacionalmente podem ir para a rua", prosseguiu o parlamentar.

O  líder da oposição, Tadeu Veneri (PT), se mostrou preocupado com a "venda de um novo lote" de ações da Copel, por exigência do governo federal para a renegociação das dívidas dos Estados
O líder da oposição, Tadeu Veneri (PT), se mostrou preocupado com a "venda de um novo lote" de ações da Copel, por exigência do governo federal para a renegociação das dívidas dos Estados



Em discurso da tribuna, o líder da oposição, Tadeu Veneri (PT), se mostrou preocupado com a "venda de um novo lote" de ações da Copel (Companhia Paranaense de Energia Elétrica), como parte das exigências do governo federal para a renegociação das dívidas dos Estados com a União. Ele também falou que deputados têm discutido situações envolvendo servidores nas penitenciárias e ainda a redução do endividamento com precatórios. "Mas a minha preocupação maior é com situações até agora não esclarecidas, como as declarações dadas pelo secretário da Fazenda [Mauro Ricardo Costa] de que pretende arrecadar cerca de R$ 1,8 bilhão a R$ 2 bilhões com venda de ativos."