Segundo o emedebista há um 'jabuti' escondido no texto do projeto que cria 45 novas funções gratificadas no futuro Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná
Segundo o emedebista há um 'jabuti' escondido no texto do projeto que cria 45 novas funções gratificadas no futuro Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná | Foto: Viviani Costa

O deputado estadual, Requião Filho (MDB), fez críticas à reforma administrativa proposta pela gestão Ratinho Junior (PSD) em trâmite na AL (Assembleia Legislativa). Ele participou nesta sexta-feira (30) de debate público na Câmara Municipal de Londrina organizado pela sociedade civil, com a participação da Sociedade Rural do Paraná, OAB, Acil (Associação Comercial e Industrial de Londrina), entre outras entidades de classe.

O parlamentares, produtores rurais e pesquisadores londrinenses estão preocupados com o projeto de lei do Executivo que extingue o IAPAR, agrupando-o num novo órgão denominado Instituto do Desenvolvimento Rural do Paraná, junto com Codapar (Companhia de Desenvolvimento Agropecuário do Paraná), Emater (Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural) e o CPRA (Centro Paranaense de Referência em Agroecologia).

Segundo o emedebista há um 'jabuti' escondido no texto do projeto que cria 45 novas funções gratificadas com custo anual de R$ 4 milhões o que 'contraria' a ideia apresentada pelo governo de economia. "Temos dois pareceres da Fazenda, um alegando que gera gastos que não é um bom negócio e depois vem outro parecer dizendo que vai gerar economia. Qual desses pareceres é político e não técnico?" indagou

Para Requião Filho, além da fusão o projeto deixa a desejar porque não teria uma planejamento do que o Estado tem como objetivo na criação do órgão unificado. "Não sabemos como irá funcionar o novo instituto, como é que será o organograma, como esse novo instituto irá atender o produtor rural. Depois a gente vê, não se pode ter na coisa pública, é preciso ser claro e transparente."

Segundo ele, apesar da mobilização das entidades londrinenses, a tendência é que o projeto de lei seja aprovado na Assembleia Legislativa por conta da ampla base de apoio do Ratinho Junior. "Infelizmente o debate é raso, a base do governo está devidamente amestrada. Você até muda a opinião de um deputado, mas não muda o voto dele. Com medo de perder privilégios com o governador. Um debate importantíssimo desse deixa de ser feito."