Com a liberação da propaganda eleitoral gratuita, na última quinta-feira (2), os 15 candidatos a prefeito nas eleições suplementares do Paraná podem intensificar a campanha também no rádio e na TV para apresentação das suas propostas aos quase 200 mil eleitores de Foz do Iguaçu (Oeste), Nova Laranjeiras (Centro-Sul), Piraí do Sul (Centro-Oriental) e Quatiguá (Norte Pioneiro). A propaganda de rua já estava autorizada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) desde o dia 21 de fevereiro; a votação será no dia 2 de abril.
Eleições suplementares são agendadas pela Justiça Eleitoral quando candidatos que venceram o pleito sofrem a cassação do registro de candidatura. Os programas devem ser veiculados apenas nas cidades onde houver veículos de comunicação geradores de programas, das 7h às 7h10 e das 12h às 12h10 horas no rádio; das 12h10 às 12h20 horas e das 19h20 às 19h30 horas na TV, caso apenas de Foz do Iguaçu.
Segundo a assessoria de comunicação do TRE, dos R$ 600 mil necessários para a realização desse pleito fora de época, R$ 500 mil vão ser gastos somente em Foz do Iguaçu, onde está o maior número de eleitores, 165 mil, que devem escolher entre seis candidatos. A cidade também é a única entre as quatro onde a votação será totalmente biométrica. O coordenador de comunicação do Tribunal, Mardem Machado, informou que as campanhas seguem tranquilas. Até o fechamento desta reportagem, nenhum candidato no Estado havia conseguido a homologação da candidatura junto à Justiça Eleitoral, o que não impede, no entanto, o desenvolvimento da campanha, normalmente.
Por iniciativa da Advocacia Geral da União (AGU), candidatos cassados que deram causa às novas eleições poder ser acionados para ressarcir o custo aos cofres públicos, mas por enquanto não houve nenhum processo referente às suplementares no Paraná.

QUATIGUÁ
A disputa em Quatiguá está entre Adelita do Efraim (PTB), filha do ex-prefeito Efraim Moraes (PMDB), que venceu a eleição no ano passado, mas teve o registro cassado pelo TRE. Encabeçando a coligação "Uma filha sua não foge à luta", ela disse à FOLHA que a campanha está tranquila, mesmo sendo a sua primeira candidatura. "Tenho dialogado muito com os eleitores da minha faixa etária, que estão à mercê pela falta de emprego. É preciso trabalhar essa questão de geração de emprego", disse a candidata de 25 anos. "Há uma surpresa dos eleitores com a minha idade porque não tenho carreira política, mas a falta de experiência é compensada pelo meu pai, que já tem dois mandatos como prefeito, é bastante conhecido e respeitado na cidade."
O concorrente é o ex-prefeito Fernando Dolenz (PSDB), que encerrou o mandato no ano passado. Ele disputa a reeleição em uma grande coligação, reunindo os outros três candidatos de 2016 – Arião (PSD), Leila Salvi (PSL) e Raquel Daldegan (PHS). "É a primeira vez que isso (eleição suplementar) acontece em Quatiguá, é uma pena porque gera uma insegurança para a administração municipal." Ele sustenta na sua campanha a retomada dos seus projetos. "Afinal, deixei a prefeitura estável, com dinheiro em caixa e temos total condição de dar continuidade às obras que a cidade precisa."