São Paulo - Os advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entraram nessa quinta-feira (20) com mandado de segurança no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) para impugnar a decisão do juiz Sérgio Moro que bloqueou bens do petista. Os advogados Cristiano Zanin Martins e Valeska Martins não se manifestaram sobre o novo bloqueio determinada nessa quinta (20). Em nota na quarta (19), eles afirmaram que a decisão de bloqueio é "ilegal e abusiva", e irão impugná-la.

O argumento da defesa: "Uma vez que o próprio Moro reconheceu em decisão dada na semana passada que não houve dano financeiro da Petrobras na ação do ex-presidente, não haveria por que determinar o futuro cumprimento de reparação deste prejuízo."

"Não há demonstração de conduta para dilapidar patrimônio", disse o advogado Cristiano Zanin Martins, durante uma reunião com a imprensa na qual estavam presentes as principais lideranças do PT pouco antes do ato na Avenida Paulista em defesa do ex-presidente.

Zanin disse que a defesa "foi surpreendida" com a decisão do bloqueio porque ela se baseou em um pedido do Ministério Público Federal feito há nove meses e que tramitou em sigilo. "Nem os advogados de defesa tiveram acesso", criticou. Segundo ele, o pedido do Ministério Público Federal "não apresentou qualquer elemento probatório que o justificasse". Zanin disse, ainda, que a Procuradoria "não pode agir em nome da Petrobras".