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"Não basta alfabetizar. É preciso construir leitores"
Senador Cristovam Buarque (PDT-DF) sobre os desafios da Educação

Dilma deve indicar Beto Vasconcelos para o STF
Beto Ferreira Martins Vasconcelos, ou apenas Beto Vasconcelos, mineiro de Uberlândia, é o favorito para ser indicado pela presidenta Dilma ao Supremo Tribunal Federal, na vaga do atual presidente da Corte, ministro Carlos Ayres Britto, cujo decreto de aposentadoria será publicado em 16 de novembro no Diário Oficial da União. Nascido em fevereiro de 1977, Beto tem 35 anos e chegou à Casa Civil em 2005.

Laços pessoais
O mais provável futuro ministro do STF é filho de Gilberto Vasconcelos, que foi preso com a militante Dilma Rousseff, durante a ditadura militar.

Homenagem
O nome de Beto é um tributo a Carlos Alberto Freitas, "Beto", líder morto da VAR-Palmares, organização armada da qual Dilma fez parte.

Longa vida
Confirmada a indicação, o jovem ministro Beto Vasconcelos poderá ficar no STF até no ano de 2047 e verá nove mandatos presidenciais.

É jovem, mas...
A indicação de Beto Vasconcelos seria bem recebida pelos ministros do STF ouvidos pela coluna, apesar das reservas quanto a sua idade.

PSB vai bater chapa com o PMDB, na Câmara
Mais forte que nunca, após o primeiro turno das eleições, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, que também é presidente nacional do PSB, autorizou o deputado socialista Júlio Delgado (MG) a fazer campanha para presidente da Câmara. A iniciativa constitui um desafio à presidenta Dilma, que bateu o martelo no apoio a Henrique Eduardo Alves (RN), atual líder da bancada do PMDB e favorito na disputa.

Rindo melhor
Pós-doutorado nas artes e manhas da política, Eduardo Campos se derrete em elogios a Dilma, cujo candidato derrotou no Recife.

Ele é o cara
Cresce o poder de Bernardo Figueiredo, homem de Dilma no setor de transportes. Incorporou todos os projetos de logística do governo.

Esperando Godot
Não foi tão forte a reação da senadora Katia Abreu (TO) aos vetos ao Código Florestal. É que em breve Dilma dará um ministério ao PSD.

Mico do mês
O risível "lançamento" da candidatura de Sergio Cabral a vice de Dilma, pelo prefeito carioca Eduardo Paes (PMDB), esqueceu uma velha lição da política. A de que candidatura a vice não se "lança"; se junta.

Nobreza
A Infraero está entre as empresas que possuem casas de lobby no Lago Sul, bairro nobre de Brasília. O endereço pode ser visto pelo Google Maps: SHIS QI 7, bloco E.

Fio desencapado
O setor elétrico anda furioso com o governo, em razão da MP 579, que corta investimentos e contingencia recursos da Eletrobras. Somente em Furnas, serão decepados R$ 2 milhões de cada R$ 5 milhões.

Câmeras entreguistas
Deputados andam reclamando das câmeras de segurança nos novos prédios de apartamentos funcionais em Brasília. Podem afastar meliantes, mas afastam também visitas pouco republicanas.

Assédio
Ex-governador que ficou menos de vinte dias no comando do Distrito Federal, o empresário Paulo Octávio, ainda filiado ao DEM, tem sido assediado por partidos a voltar para o cenário político da capital.

Brasil brasileiro
O aeroporto de Brasília, que mais parece rodoviária de terceira, cobra tarifas de embarque desproporcionais, mas sonega ar-condicionado dos milhares de passageiros diários. Por avaria e/ou por avareza.

Secos e molhados
A prefeita de Guarujá (SP), Antonieta de Brito (PMDB), que saiu na frente no primeiro turno contra Farid Madi (PDT), reuniu PSDB e PT em seu palanque: já recebeu o apoio Dilma, de Lula e de Geraldo Alckmin.

Pólo aquecido
A Suframa aprovou 39 novos projetos para o polo de Manaus, incluindo a gigante farmacêutica EMS. A Semp Toshiba produzirá notebook e a Sony, videogame Playstations 3. Investimento total de US$266 milhões.

Avenida Santo André
Segredo bom mesmo não era saber quem matou Max em "Avenida Brasil", mas quem matou o prefeito petista Celso Daniel...

PODER SEM PUDOR
Medo do alto

Afonso Arinos de Melo Franco exercia o pior cargo para quem tinha pavor de avião: ministro das Relações Exteriores de João Goulart. Certa vez, ao concluir uma visita a Portugal, ele foi despedir-se do presidente anfitrião, Américo Tomás, que logo tocou no ponto fraco:
- O senhor gosta de avião?
- Não muito, excelência.
Ao invés de tranqüilizar o chanceler brasileiro, Tomás fez um comentário que o atormentaria durante toda a viagem de volta:
- É, enquanto eles voam lá em cima, as oficinas continuam cá em baixo...

Com Teresa Barros
www.claudiohumberto.com.br