Imagem ilustrativa da imagem Avaliação de Belinati sofre leve queda, aponta pesquisa de 200 dias de governo



Pesquisa feita pelo Instituto Multicultural em parceria com a FOLHA e a Rádio Paiquerê AM revela que a avaliação positiva do prefeito Marcelo Belinati (PP) sofreu leve queda após 200 dias de governo. Aos 100 dias, a pesquisa mostrou que 55% aprovavam a administração municipal; agora, o índice é de 53,5%, que está dentro da margem de erro, de 3% para mais ou para menos. A pesquisa, feita entre 15 e 17 de julho, ouviu 602 moradores das áreas urbana e rural e tem intervalo de confiança de 95%. Entre os que reprovam o governo, o índice subiu de 33%, na primeira fase da pesquisa, para 38,5%.

A nota do prefeito caiu de 6 para 5,8 e as maiores quedas foram nas zonas leste e oeste – de 6,2 para 5,8 e de 6,3 para 5,6, respectivamente. As maiores notas foram registradas nas zona sul e centro. O número permaneceu praticamente estável nas zonas norte e rural. Seguindo a tendência de queda, o índice de confiança passou de 60,5% para 55%; em contrapartida, cresceu de 28,5% para 35% o número de entrevistados que disseram não confiar no prefeito.

Para o diretor estatístico do Multicultural, Edmilson Vicente Leite, a queda é natural nesta primeira comparação. "Aos 100 dias, as pessoas estão muito confiantes, esperançosas, esperando que algo aconteça. Após os 200 dias, como as coisas não se desenvolvem dentro da expectativa do eleitor, a tendência é de queda na aprovação", afirmou. "Isto também foi observado no acompanhamento que fizemos na gestão passada", disse, referindo-se ao governo do ex-prefeito Alexandre Kireeff (Podemos).

Para o professor, é relevante a resposta à pergunta sobre as qualidades pessoais de Belinati. A maioria dos entrevistados (26%) destacou sua característica de trabalhador; inteligente e competente ficaram empatados com 15%. "Mas, é significativo que a característica 'decidido' tenha sido apontada por apenas 4% dos entrevistados, o menor índice, o que quer dizer que a população tem pressa em decisões, em soluções; é como se a população pedisse que as coisas aconteçam mais rápido."

A pesquisa Multicultural também sondou os eleitores sobre a percepção que têm da Câmara e o resultado é estarrecedor: apenas 4,5% declararam abertamente que têm uma imagem positiva do Legislativo local, que está mergulhado em uma crise interna desde o começo da atual legislatura. Quarenta por cento dos entrevistados disseram a imagem é negativa e 51,5% acham que a imagem é "a mesma de sempre, não mudou nada". "Na legislatura passada, foram quatro anos de calmaria. Agora, os tempos são outros e a Câmara só aparece discutindo seus próprios problemas, sem entrar nos debates da cidade", opinou o diretor.

PASSE LIVRE
Outra pergunta se referiu a uma polêmica que deve ser enfrentada no segundo semestre: a restrição do passe livre para estudantes (universitários e de cursos técnicos) carentes. Mais da metade – 52% – disse que não concorda em reduzir o benefício; 44% são favoráveis e 4% não souberam responder. "É um tema polêmico e mostra que a população está dividida", pontuou o professor.

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Governador e presidente são reprovados pelos londrinenses
A pesquisa do Instituto Multicultural revelou queda acentuada na avaliação do presidente Michel Temer (PMDB) em Londrina, seguindo o cenário nacional: na pesquisa feita na primeira quinzena de abril, 11% dos entrevistados aprovavam o governo federal; agora, o índice é de apenas 6%. Ao lado disso, 86% disseram reprovar o governo do presidente enquanto 8% não souberam responder.

No Paraná, a avaliação de Beto Richa (PSDB) caiu de 28,5%, em abril, para 24,5%, agora. O índice de reprovação aumentou de 62,5% para 68,5%. "No final do ano, a aprovação do governo dava sinais de recuperação, mas voltou a cair", comentou o professor Edmilson Vicente Leite. "Acredito que isto ocorre em razão de promessas não cumpridas e do atrito com os professores e universidades."

A pesquisa sondou, ainda, o cenário eleitoral de 2018, quando serão realizadas eleições gerais para presidente e governadores. O preferido dos londrinenses para o Palácio do Iguaçu é o ex-prefeito Alexandre Kireeff (Podemos). Ele aparece com 26% das intenções de voto, seguido do secretário estadual de Desenvolvimento Urbano, Ratinho Júnior (PSD), com 23,5%. Em terceiro lugar, está o ex-senador Osmar Dias (PDT), com 14%; o senador Roberto Requião (PMDB), com 4,5%, é o quarto; e a quinta colocada é a vice-governadora Cida Borghetti (PP), com 3,5%. Mais de um quarto dos eleitores – 28,5% – não soube responder à pergunta. "É a primeira vez que incluímos o nome do ex-prefeito e é natural que tenha esse índice. O que se vê, é que os votos dele vêm especialmente de Requião e de Omar Dias, que caíram bastante em relação à pesquisa anterior", analisou Leite.

Na pergunta sobre a intenção de voto para presidente, o senador Alvaro Dias (Podemos) segue na liderança como na pesquisa de abril, porém, com ligeira queda, de 42,5% para 39,5%. Jair Bolsonaro (PSC) cresceu, passando de 7,5% para 13%. O prefeito de São Paulo, João Dória (PSDB), que não havia sido incluído na primeira pesquisa, aparece com 9,5% das intenções de voto em Londrina; em quarto lugar, está o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com 5,5%; o apresentador Luciano Huck, que também não estava na sondagem de abril, tem 5%; a ex-senadora Marina Silva (Rede) manteve os 3,5% da primeira pesquisa; o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), não incluído na primeira pesquisa, tem 2,5%; o ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT), que tinha 2,5% caiu para 0,5%; Aécio Neves (PSDB), com 12% em abril, não foi incluído na pesquisa atual. Os que não souberam responder representam 21%. (L.C.)

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