O noticiário econômico desta quinta-feira (10) trouxe uma notícia alentadora. O setor de serviços voltou a crescer no Brasil. E o crescimento foi significativo. Em termos percentuais, a elevação é a maior da série histórica, iniciada em 2012. Após amargar queda recorde de 7,8% em 2020, o volume do setor de serviços voltou a crescer no Brasil, com alta de 10,9% em 2021, aponta o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Imagem ilustrativa da imagem Recuperação no setor mais atingido pela pandemia
| Foto: iStock

É preciso levar em conta que o setor foi o mais impactado pelas medidas restritivas impostas pela pandemia da Covid-19. O gerente de pesquisa do IBGE, Rodrigo Lobo, observou que a alta é explicada pela base de comparação fragilizada, porém os dados não deixam de ser animadores, pois demonstram uma importante capacidade de reação de um dos setores mais importantes da economia brasileira.

Responsável por 63% do PIB (Produto Interno Bruto), o setor de Serviços é também o que mais emprega, correspondendo a um em cada três postos de trabalho formais. Atualmente, as maiores empresas do setor vêm da área de varejo, transporte ou telecomunicações.

Segmentos ligados a atividades digitais tiveram um avanço maior. Entre elas, estão os serviços de informação e comunicação, que se encontram em nível 12,8% acima do pré-crise. Essa atividade envolve telecomunicações, tecnologia da informação, serviços audiovisuais, de edição e agências de notícias.

Já os serviços de caráter presencial também mostraram uma retomada ao longo de 2021, em um contexto de avanço da vacinação contra a Covid-19 e menores restrições a empresas. Essa reação, contudo, ainda é incompleta. Os serviços prestados às famílias, por exemplo, cresceram 0,9% em dezembro, nona taxa positiva em sequência. Apesar da melhora, ainda estão 11,2% abaixo do patamar pré-pandemia e 21,8% distantes do ponto mais alto da série, verificado em outubro de 2013. Os serviços prestados às famílias reúnem empresas como bares, hotéis e restaurantes.

Conforme mostrou reportagem recente da FOLHA, no Paraná, os estabelecimentos do setor de bares e restaurantes registraram uma queda média de 30% no faturamento em janeiro comparado com o mês anterior. No entanto, a expectativa é que os números voltem a melhorar com uma melhora nos níveis de contágio da pandemia.

Assim como a agropecuária e a indústria, o terceiro setor demanda muita atenção nos planos de recuperação econômica.

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