Os métodos de Paulo Freire, amplamente difundidos no sistema educacional brasileiro, têm sido objeto de críticas por sua ineficácia em melhorar o desempenho dos alunos. Apesar dos esforços para implementar a pedagogia freiriana, os resultados têm sido pífios e a educação no país continua enfrentando desafios significativos.

Dados recentes mostram que o Brasil ocupa as últimas posições em rankings internacionais de educação, como o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA). Em 2018, o país ficou em 57º lugar em leitura, 70º em matemática e 66º em ciências, entre 79 países avaliados. Esses resultados indicam que as abordagens pedagógicas adotadas no Brasil, incluindo as de Paulo Freire, não têm sido suficientes para melhorar a qualidade do ensino.

Uma das críticas mais frequentes ao método freiriano é a falta de ênfase no ensino de habilidades básicas, como leitura, escrita e matemática. Em vez disso, o foco é na conscientização crítica e na transformação social, o que pode levar a uma negligência dessas habilidades essenciais. Além disso, a abordagem de Paulo Freire pode ser vista como excessivamente ideológica e pouco objetiva, o que pode afastar alunos e professores.

Com essa intenção de reescrever a história e com a influência de Paulo Freire, alguns movimentos de esquerda, inclusive dentro da Igreja Católica, vêm se fortalecendo e propagando suas ideias. No entanto, é importante questionar se a adoção dos métodos freirianos têm realmente gerado resultados positivos na educação brasileira.

Infelizmente, a realidade é outra. Dados do último Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) revelam que o país ainda enfrenta enormes desafios na área educacional. Em 2019, apenas 5,3% dos estudantes do ensino médio alcançaram níveis considerados adequados em matemática, e somente 21,2%atingiram o patamar esperado em língua portuguesa. Isso demonstra que, apesar da teoria freiriana ser considerada revolucionária, sua aplicação prática não tem se mostrado efetiva no contexto educacional brasileiro.

Em resumo, embora os métodos de Paulo Freire tenham sido amplamente adotados no Brasil, os resultados pífios do sistema educacional indicam que é preciso uma revisão crítica dessas abordagens. É necessário repensar a forma como a educação é estruturada e abordada no país, buscando novas abordagens pedagógicas que possam melhorar a qualidade do ensino e preparar os alunos para os desafios do século XXI.

Ruy Carneiro Giraldes Neto, servidor público em Londrina

Letramento Digital

Parabéns aos idealizadores e implementadores do Projeto Letramento Digital, matéria da Folha de Londrina de quarta-feira (12/04/23). Como diz Eduardo Hibrahim em seu livro "Economia Exponencial: Se estamos vivendo uma economia de base tecnológica, a educação e o pensamento também precisam ser de base tecnológica". Ganham todos, os alunos que passam a se preparar para o futuro profissional, as empresas com disponibilização de mais mão de obra, o país com mais avanços, quem sabe nos aproximarmos de países mais desenvolvidos e participarmos mais ativamente das cadeias mundias de tecnologia. Sem dúvida um grande avanço, podendo ser um exemplo para outras áreas, aproximando a escola do mercado de trabalho, o que seria um grande passo para diminuirmos as desigualdades como aponta a reportagem.

Jose Cezar Vidotti (economista) Londrina.

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