Se há algo que sem sombra de dúvidas Jesus nunca quis institucionalizar é o celibato. Afirmar que Ele estabeleceu essa condição de vida a seus ministros religiosos, tal como sugere a conclusão de um manifesto no Espaço Aberto desta FOLHA, no dia 01/02, é no mínimo forçar a barra descontextualizando suas afirmações. Não é correto manipular a Bíblia para tentar fundamentar apologeticamente tradições inócuas, ainda que sejam evocadas como milenares. Pode até ser louvável que alguém opte por essa condição de vida em nome de certos ideais, mas, nem de longe ser ou não celibatário é essencial para a vivência da fé cristã. Tal como “o hábito não faz o monge”, ninguém é mais ou menos santo, melhor ou pior discípulo de Jesus, por ser ou não solteiro. Religião é a típica coisa que se torna inútil quando se perde em discussões que nenhuma diferença faz para o bem da humanidade nem para o Reino de Deus.

Luiz Felipe Xavier Colares (designer) Londrina

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