Chora, Londrina!
No último domingo, Londrina foi dormir triste. O que era para ser um dia típico de vestibular, que reúne naturais alegrias e tristezas, possíveis sucessos e fracassos, foi um dia diferente. Vítimas de uma prova dura e massacrante, tida por profissionais da área como a mais difícil prova de vestibular da UEL dos últimos 20 anos, muitos candidatos, depois de conferirem os seus cadernos de respostas, perderam o rumo. Até os que enfrentaram a prova com a calma e a segurança de quem sabia onde estava pisando, ficaram sem chão. Enquanto uns vestibulandos, revoltados, queimaram suas provas e outros choraram alto buscando colocar para fora a tristeza e decepção, alguns esperaram o dia acabar para que pudessem derramar seu pranto no silêncio acolhedor e compreensivo da noite. Mães, com o colo sempre pronto a consolar, ficaram sem saber o que dizer a filhos que estudaram, se esforçaram e esperavam colher os frutos do investimento que fizeram, verem o seu desempenho cair de 30 acertos para 26, ou de 34 para 25. "Por que isso aconteceu comigo, mãe? Por quê?" Sem palavras, muitas mães responderam com o conforto de um abraço. Mas nós, que desta vez não temos filhos vestibulandos, bradamos aqui a nossa resposta: "Por causa de um sistema injusto, meu filho, um sistema frio, duro, que, sem dó, massacra até aqueles que deram o melhor de si". Quando isso vai mudar? Quando? A quem interessaria tanto rigor?
VIVIANE CORREIA DE SOUZA (professora) – Londrina

Sistema de governo
Observando a recente história da democracia restaurada no Brasil a partir da Constituição promulgada em 1988, que estabeleceu o regime presidencialista como forma de governo, fica nítido o fracasso desse sistema. Desde então, nenhum presidente escapou ao cerco armado pela fisiologia dos congressistas. No governo Sarney, de tristes lembranças, Roberto Cardoso Alves maculou a frase dita por São Francisco de Assis: "É dando que se recebe". Seriam votos por favores...grandes favores! Collor, FHC, Lula, Dilma e Temer receberam as mesmas pressões. Uma verdadeira chantagem travestida de política. Por essa razão, acredito ter passado a hora do Congresso assumir responsabilidades pelas decisões e pelas consequências futuras desses atos. Os estados mais bem organizados do mundo adotam o parlamentarismo e acho a hora propícia para o Brasil abraçar esse sistema e sem medo. Afinal, medo de quê?
IZAIAS BITENCOURT MORAES (contador) – Londrina

Espaço de lazer e esporte
Cerca de dois anos, solicitei via ouvidoria da Prefeitura de Curitiba e até mesmo através de proposições de vereadores a implantação de um espaço público de esporte e lazer junto a um terreno público no Conjunto Boa Esperança 1, bairro Tatuquara - na Rua Vivaldino Mendes dos Santos, 4, mas a prefeitura nunca se prontificou a realizar essa benfeitoria, o que é lamentável. Nos conjuntos e empreendimentos do Minha Casa, Minha Vida, como é o caso deste mencionado, a Caixa Econômica Federal não realiza a implantação de qualquer obra de praça de esporte, sendo obrigação e dever do poder público municipal, no caso a prefeitura. Em empreendimentos habitacionais de baixa carência social, o número de crianças e adolescentes é muito grande e o local de esporte e lazer acaba sendo as ruas mesmo. A Caixa e o governo federal que criam estes programas de financiamento de habitação social deveriam, em comunhão com as prefeituras, também estabelecer regras e planos para construção destes importantes espaços públicos para as comunidades, mutuários, cidadãos!
CÉLIO BORBA (autônomo) - Curitiba

Que supremo?
Para se ter uma ideia do prejuízo que uma pessoa que exerce cargos com prerrogativas de decisões importantes pode causar a um país, é só lembrar do julgamento da chapa Dilma/Temer, pelo TSE, em que o ministro Gilmar Mendes teve a oportunidade com seu voto de minerva tirar do cargo o presidente Michel Temer e evitar todo imbróglio político que ocorreu depois disso. Tem gente que gosta e ainda elogia o trabalho desse sujeito, mas será que como ministro não poderia ter pensado melhor e poupado os brasileiros dessa situação política que afeta outros setores? Afinal, para que serve um ministro e presidente do TSE que ganha alto salário pago pelo contribuinte? Não é zelar pelo bem-estar do povo contra esses políticos achacadores e corruptos?
SWAMI VERONESI (músico) – Santo Antônio da Platina

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