Desvio de atenção da Lava Jato
Quem poderia crer que a corrupção teria combate como a da Lava Jato? Que poderia alcançar e atingir o alto escalão político, os todos poderosos do poder, os intocáveis? Ao olharmos atentamente, veremos que o corporativismo político está a todo vapor, tentando criar salvaguardas e brechas na lei na busca da salvação e proteção da classe favorecida, que vive e usufrui em seu recanto de primeiro mundo em detrimento da população pagadora de terceiro mundo. Observem que está sendo construído uma grande pizzaria no Congresso, tudo em nome da governabilidade. E mais, o jogo político desvia o foco do problema para a Previdência Social, algo que mexe com todos os trabalhadores em suas expectativas de vida futura e destino de famílias. O governo superestima dados, procura culpados, gasta com propagandas caríssimas, enfim, conseguiu deixar a Lava Jato em segundo plano. Estranho é a classe política usufruir com pleno vigor do direito adquirido, constituído por eles mesmos, como supersalários, mordomias, quando clama e pede ao povo sacrifícios de mais impostos e também cassação de direitos adquiridos (previdência e direitos trabalhistas), direitos conquistados pelo suor do trabalhador por gerações. O mínimo de bom senso seria dar exemplo à sociedade com cortes drásticos das despesas do governo, sejam eles, na esfera federal, estadual e municipal, já que a crise não afeta somente o povo, mas o Brasil num todo. Se é a hora de sacrifício, que todos contribuam, sem exceção.
YOCHIHARU OUTUKI (engenheiro agrônomo) – Itambaracá

Alfarrábios
Em meados do século passado, os professores nos orientavam para a compra de uma batelada de livros e que depois nos enfiavam goela abaixo, como símbolo de aprendizado com a leitura de livros e mais livros. Desta maneira, construíamos nossa cultura. Com o aparecimento do celular, descobriu-se que isso não era mais importante, pois o novo amiguinho nos supre com todos os conhecimentos que eram contidos nos alfarrábios. O único problema é quando o amigo do alheio resolve roubar o celular o jovem mancebo emburrece e fica no éter até a compra de outro aparelho, quando ele volta a ser sábio novamente.
EDSON MEDARDO SCARCHETTI (bacharel em Teologia) - Figueiró dos Vinhos (Portugal)

Greve
Mais de 80% da população não faz greve para obter reajustes, aumentos ou melhoria nas condições de trabalho. Por que professores, bancários, funcionários do INSS, motoristas, metalúrgicos e agora a PM a vê como o único recurso para obtenção de suas reivindicações? O leitor Allan Bussman citou diversas dificuldades e limitações (verdades incontestáveis) que enfrentam os PMs no cotidiano (Opinião, 14/2) que explica, mas não justifica a greve dos policiais. O profissional recebe pela sua raridade e não por executar bem suas funções, apesar das limitações. O dinheiro que paga a PM é o mesmo que paga professores e funcionários da saúde. Quem deve ficar sem? Para o PM e para o profissional da saúde que deixam pessoas morrerem, para o professor que para defender o seu prejudica os alunos deve ser fácil indicar.
ILDO YUKIO MARUBAYASHI (agricultor) – Londrina

Mais com o mesmo
Um restaurante contrata um técnico de informática desempregado, ensina e treina este colaborador para atuar como chapeiro. Este colaborador, depois de cinco meses no novo trabalho encontra uma colocação em sua formação profissional e pede a conta. Qual o valor da indenização da empresa? Uma indústria contrata um menor aprendiz, tem política de manutenção de quadro e investe no crescimento deste colaborador. Quinze anos depois, ocupando já um cargo gerencial e especialista em sua atividade este colaborador recebe uma oferta de emprego e diz que vai sair, quanto é a indenização que a empresa irá receber? Por que então os empregadores têm que pagar FGTS e a multa para indenizar empregados demitidos sem justa causa? Se o dinheiro do FGTS é importante para economia, que ele seja incorporado ao salário de todos os trabalhadores e disponibilizado mensalmente para consumo. O INSS cobrado por este excedente vai ajudar na recuperação do caixa da Previdência e o novo valor colocado em consumo vai elevar os impostos que ajudarão o caixa do governo. Quem tem que pensar no seu amanhã é o próprio trabalhador, temos que dar responsabilidade e confiar para que eles possam crescer. O Sistema Financeiro da Habitação será suportado por recursos privados, bem melhor administrado, e as questões sociais receberão subvenção do Estado junto a estes agentes privados.
PAULO MAURICIO ACQUAROLE (aposentado) - Londrina

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