OPINIÃO DO LEITOR
PUBLICAÇÃO
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017
Chega de subservientes!
A sociedade brasileira não tolera mais as manobras espúrias e os contorcionismos inescrupulosos dos nossos governantes para se safarem das condenações pelas suas trapaças e velhacarias. Nesse contexto, já se tornou um ultraje à moralidade e à ética pública, a regra atual que determina ser escolha pessoal do presidente da República o nome a ser indicado para suprir vaga no STF. Essa prática levou para dentro da Corte Suprema a parcialidade de alguns ministros, que não titubeiam em defender abertamente interesses políticos partidários e autoridades que os indicaram e aprovaram para a função. É imperioso acabar com esse desvio de finalidade na seleção dos magistrados. A propósito, está tramitando no Senado a PEC 35/2015 que estabelece critérios mais decentes para a indicação. Por exemplo, para preencher a vaga seria selecionado um nome dentro de uma lista tríplice elaborada por um colegiado composto pelos presidentes das seguintes instituições: STF, STJ, TST, STM, TCU, PGR e OAB. Assim, ficam resguardados os princípios de impessoalidade na escolha e de independência do escolhido. Como tais medidas ferem de morte interesses desonestos da maioria dos parlamentares, cabe-nos pressioná-los de todas as formas possíveis para aprovarem a emenda constitucional.
LUDINEI PICELLI (administrador de empresas) Londrina
Um corpo que cai
O botafoguense Diego Silva dos Santos foi assassinado, domingo passado, por conta de um conflito com torcedores flamenguistas nas imediações do Estádio do Engenhão palco de recente espetáculo futebolístico na Cidade Maravilhosa. Aquilo que deveria servir como diversão, mais uma vez se transformou em tragédia. O Nobel de Literatura Mário Vargas Llosa, ao fazer uma radiografia do nosso tempo, identificou a massificação como umas das características da nossa civilização. Entre os esportes, segundo ele, nenhum sobressai o fenômeno da massificação tanto como o futebol. Em nossos dias, as grandes partidas de futebol, assim como outrora os circos romanos, servem sobretudo como pretexto e liberação do irracional, como regressão do indivíduo à condição de partícipe da tribo, como momento gregário em que, amparado pelo anonimato das arquibancadas, o espectador dá vazão a seus instintos mais primitivos de rejeição ao outro, de conquista e de aniquilação simbólica do adversário. De fato, em pleno século XXI, observamos mais um corpo que cai diante da civilização do espetáculo.
RICARDO LAFFRANCHI (advogado) - Londrina
Reconstrução do Ouro Verde
Sobre o artigo "Já não temos mais Vilanova Artigas", do médico Paulo André Chenso (Opinião, 15/2), estou em Londrina desde 1953 e o Ouro Verde era o centro de encontro dos jovens e dos estudantes. Concordo com cada palavra do articulista, menos com as que terminam o seu texto, como se o Ouro verde não possa renascer. Talvez, o dr. Paulo André não conheça o engenheiro José Pedro da Rocha Neto. Este também em sua juventude frequentou o Ouro Verde. Formou-se em Engenharia e batalha em Londrina desde então. Engenheiro brilhante, de uma carreira exemplar, está à frente das obras de reconstrução do Ouro Verde, emprestando não só o seu talento, mas toda a sua capacidade na reavivação deste teatro. Que fez história. Parabéns Londrina, por ter José Pedro da Rocha Neto entre seus filhos.
PAULO CARLOS SILVA (advogado) - Londrina
Roçagem de mato
Com relação ao comentário do leitor Wanderley R.do Lago (Opinião, 14/2) sobre mato alto em terrenos particulares, admitimos que este problema existe também em espaços públicos como avenidas, ruas, praças e outros. Esclarecemos que os contratos de serviços de roçadas foram reduzidos pela administração anterior em 55% da média de 3,1 milhões metros quadrados para 1,4 milhão de metros quadrados mensais. A partir do último dia 4, autorizamos a dobrar esta quantidade. Em terrenos particulares também estava contingenciado e notificamos os proprietários a fazerem o serviço que é obrigação deles, conforme lei em vigor, a roçar e fazer as calçadas. O modelo atual de roçar e tentar receber não vem funcionando a contento, pois muitos não pagam nem o IPTU. Esclarecemos que, em conjunto com a Sema em reunião no Ministério Público, estamos buscando ações mais enérgicas de punições pessoais e apreensões de veículos aos que descartam lixo irregular pela cidade. São mais de 200 pontos de difícil solução e com alto custo à sociedade. Agradeço a confiança, a participação e o estímulo do senhor Wanderley no sentido de buscarmos juntos soluções mais eficientes.
MOACIR NORBERTO SGARIONI (presidente da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização CMTU) - Londrina
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