Chega de subservientes!
A sociedade brasileira não tolera mais as manobras espúrias e os contorcionismos inescrupulosos dos nossos governantes para se safarem das condenações pelas suas trapaças e velhacarias. Nesse contexto, já se tornou um ultraje à moralidade e à ética pública, a regra atual que determina ser escolha pessoal do presidente da República o nome a ser indicado para suprir vaga no STF. Essa prática levou para dentro da Corte Suprema a parcialidade de alguns ministros, que não titubeiam em defender abertamente interesses políticos partidários e autoridades que os indicaram e aprovaram para a função. É imperioso acabar com esse desvio de finalidade na seleção dos magistrados. A propósito, está tramitando no Senado a PEC 35/2015 que estabelece critérios mais decentes para a indicação. Por exemplo, para preencher a vaga seria selecionado um nome dentro de uma lista tríplice elaborada por um colegiado composto pelos presidentes das seguintes instituições: STF, STJ, TST, STM, TCU, PGR e OAB. Assim, ficam resguardados os princípios de impessoalidade na escolha e de independência do escolhido. Como tais medidas ferem de morte interesses desonestos da maioria dos parlamentares, cabe-nos pressioná-los de todas as formas possíveis para aprovarem a emenda constitucional.
LUDINEI PICELLI (administrador de empresas) – Londrina

Um corpo que cai
O botafoguense Diego Silva dos Santos foi assassinado, domingo passado, por conta de um conflito com torcedores flamenguistas nas imediações do Estádio do Engenhão – palco de recente espetáculo futebolístico na Cidade Maravilhosa. Aquilo que deveria servir como diversão, mais uma vez se transformou em tragédia. O Nobel de Literatura Mário Vargas Llosa, ao fazer uma radiografia do nosso tempo, identificou a massificação como umas das características da nossa civilização. Entre os esportes, segundo ele, nenhum sobressai o fenômeno da massificação tanto como o futebol. Em nossos dias, as grandes partidas de futebol, assim como outrora os circos romanos, servem sobretudo como pretexto e liberação do irracional, como regressão do indivíduo à condição de partícipe da tribo, como momento gregário em que, amparado pelo anonimato das arquibancadas, o espectador dá vazão a seus instintos mais primitivos de rejeição ao outro, de conquista e de aniquilação simbólica do adversário. De fato, em pleno século XXI, observamos mais um corpo que cai diante da civilização do espetáculo.
RICARDO LAFFRANCHI (advogado) - Londrina

Reconstrução do Ouro Verde
Sobre o artigo "Já não temos mais Vilanova Artigas", do médico Paulo André Chenso (Opinião, 15/2), estou em Londrina desde 1953 e o Ouro Verde era o centro de encontro dos jovens e dos estudantes. Concordo com cada palavra do articulista, menos com as que terminam o seu texto, como se o Ouro verde não possa renascer. Talvez, o dr. Paulo André não conheça o engenheiro José Pedro da Rocha Neto. Este também em sua juventude frequentou o Ouro Verde. Formou-se em Engenharia e batalha em Londrina desde então. Engenheiro brilhante, de uma carreira exemplar, está à frente das obras de reconstrução do Ouro Verde, emprestando não só o seu talento, mas toda a sua capacidade na reavivação deste teatro. Que fez história. Parabéns Londrina, por ter José Pedro da Rocha Neto entre seus filhos.
PAULO CARLOS SILVA (advogado) - Londrina

Roçagem de mato
Com relação ao comentário do leitor Wanderley R.do Lago (Opinião, 14/2) sobre mato alto em terrenos particulares, admitimos que este problema existe também em espaços públicos como avenidas, ruas, praças e outros. Esclarecemos que os contratos de serviços de roçadas foram reduzidos pela administração anterior em 55% da média de 3,1 milhões metros quadrados para 1,4 milhão de metros quadrados mensais. A partir do último dia 4, autorizamos a dobrar esta quantidade. Em terrenos particulares também estava contingenciado e notificamos os proprietários a fazerem o serviço que é obrigação deles, conforme lei em vigor, a roçar e fazer as calçadas. O modelo atual de roçar e tentar receber não vem funcionando a contento, pois muitos não pagam nem o IPTU. Esclarecemos que, em conjunto com a Sema em reunião no Ministério Público, estamos buscando ações mais enérgicas de punições pessoais e apreensões de veículos aos que descartam lixo irregular pela cidade. São mais de 200 pontos de difícil solução e com alto custo à sociedade. Agradeço a confiança, a participação e o estímulo do senhor Wanderley no sentido de buscarmos juntos soluções mais eficientes.
MOACIR NORBERTO SGARIONI (presidente da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização – CMTU) - Londrina

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