As tartarugas e os políticos
Tempos atrás comprei de um artesão um casal de tartaruguinhas, muito bem feitas. A cabecinha delas é pintada num pedacinho de isopor e elas ficam balançando o tempo todo sopradas pelo vento, não tem vontade própria. No show que Lula deu semana passada, chorou e riu ao mesmo tempo, atrás dele tinha uns políticos que ficavam balançando a cabeça concordando com tudo que o chefe falava. Lembrei das minhas tartaruguinhas. Com a chegada dos netos, uma tartaruga teve a cabeça arrancada e a outra ficou danificada. Não tive dúvida comprei mais um casal de tartarugas. Coloquei no alto para os netos não pegarem e lá estão elas, mexendo a cabeça pra cima e pra baixo. Fiquei pensando e fiz uma reflexão: já que eu adulto e vivido não tive a coragem de quebrar a cabeça desses políticos através do voto, será que a geração dos meus netos terá essa coragem? Acho que sim, pois vejo neles uma geração que pensa melhor, reflete melhor e pensa muito na coletividade e não são fáceis de se levar pelo populismo e pela conversa fácil. Graças a Deus vem vindo uma geração melhor que a minha. Só que nestas eleições pretendo aposentar as velhas tartarugas.
VITOR NONINO (aposentado) – Londrina

Desrespeito à Lei Eleitoral
Quinta-feira e ontem li, na FOLHA, reportagens sobre o incidente gerado por um candidato a vereador de Londrina que realizou filmagens dentro de uma UPA, emitindo conceitos de valores sobre outros candidatos da atual eleição. Além das duas infrações à Lei Eleitoral - propaganda em prédio público e injúria a outro candidato -, espantei-me com sua defesa, ao dizer que foi à UPA não como candidato mas, sim como "repórter do povo". Pelo que sei, pessoas que se candidatam não podem continuar exercendo funções que a levem a ter qualquer tipo de facilitação diferenciada dos demais, devendo, sempre que ocuparem cargos desta natureza, licenciar-se 4 meses antes da data da eleição. Pelas suas declarações, o sr. Emerson Petriv, vulgo Boca Aberta, parece continuar exercendo a função de repórter, mesmo durante sua campanha para vereador de Londrina. Com a palavra o Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
ANA PAULA CARDOSO DE MELO (funcionária pública) – Londrina

Reforma do ensino médio
Diante de nossas incapacidades não melhoramos o que é ruim, disfarçamos nossas falhas. Na reforma do ensino médio proposta pelo governo, o 1º dos 3 anos será comum a todos e em 2 de 3 anos se terá a opção de aprofundamento em área optativa. O ministro da Educação, José Mendonça Filho, disse: "O desempenho de português e matemática é menor hoje do que em 1997" (Geral 23/9). Em 1997, era como o proposto agora? Se não, o apresentado não é a solução. Com 17 anos, sem experiência, um jovem ter de escolher a profissão para o resto de sua vida já é difícil e o governo quer antecipar esta escolha. Conhecimento geral pode parecer sem importância, mas como profissional sempre se toma decisões e é a quantidade e qualidade desses conhecimentos que subsidiam as melhores decisões.
ILDO YUKIO MARUBAYASHI (agricultor) – Londrina

Briguet e Walmor
Sou assinante da Folha da Londrina há mais de 30 anos. Sempre admirei os seus editoriais, que demonstram ser este jornal um formador de opinião. Os articulistas são "cirúrgicos" nas suas análises, bem como alguns leitores que se manifestam assiduamente. Porém, não poderia deixar passar a oportunidade de louvar as colunas do Paulo Briguet ("Bora Temer", Cidades) e do Walmor Maccarini ("Afinal, um candidato sincero", Opinião) do dia 22 de setembro.
JOSÉ RODOLFO DE LACERDA (engenheiro civil) – Curitiba

Eleições
Avizinha-se o dia para serem eleitos prefeito e vereadores em Londrina. Vejam bem, esses candidatos uma vez eleitos irão representar o povo londrinense por quatro anos. Então, vamos proceder a escolha com critério apurado para não nos arrependermos mais tarde. Tenho visto e ouvido muitas promessas. Até parece que não sabem falar de outro assunto a não ser as benditas promessas às quais, sinceramente, não acredito que vão cumprir. Por outro lado, creio que política não é profissão. Portanto, àqueles que querem se perpetuar no poder, vamos tirá-los com nosso voto. O mais interessante e útil na política é justamente a mudança. Nada de reeleição. Se quiser disputar outro cargo que não o que está defendendo, tudo bem, permanecer no mesmo, não! Pensem nisso.
EDMILSON ASSIS DOS REIS (bancário aposentado) – Londrina

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