Vergonha: estaca zero
A condução política e administrativa do nosso país, infelizmente, sempre esbarrou no processo da má escolha de seus governantes. Porém, nos últimos tempos, esta administração caótica tomou um rumo tão tenebroso que chega a ser preocupante. A vergonha que prevalecia há algum tempo hoje está na estaca zero. Em todos os setores da administração, as falcatruas ou maracutaias estão visíveis e escancaradas. O Poder Legislativo, cujo mister seria fazer as leis e principalmente fiscalizar os outros poderes, não executa nem uma coisa nem outra. O problema de cada deputado é assinar seu holerite no fim de cada mês. Único trabalho desgastante e fatigante que o nobre enfrenta é ficar ouvindo as lorotas que seus pares apresentam. Em resumo: é um desperdício 513 deputados para um país que aspira primeiro mundo. Com raríssimas exceções, são 513 que se aliaram aos famosos corruptos e estão dilapidando a nação. Já o Executivo merece uma observação à parte. Neste poder a vergonha já foi para as cucuias. A corrupção tomou conta de todos os setores. O Executivo, como dono do erário, manobra os outros poderes e também enriquece muitos mandatários. É uma vergonha! Os milhões de brasileiros não mais suportam pagar tantos impostos para sustentar e enriquecer meia dúzia de aproveitadores. O Judiciário é o poder que ainda nos conserva esperançosos por dias melhores. Este poder faz jus a uma crítica também, apesar do trabalho brilhante que estão executando na Lava Jato. Todo essa podridão que está alastrada pelo País se deve à morosidade do Judiciário. Estas dezenas de prisões que estão sendo efetuadas já deveriam ter sido feitas há muito tempo. A falta de vergonha tomou conta dos nossos políticos e mandatários. O Judiciário é nossa tábua de salvação e o juiz Sergio Moro é o endereço para os corruptos que estão aguardando sua vez.

WELLINGTON AMARAL SAMPAIO (administrador aposentado) – Londrina

A farsa de poder
Quem assistiu à exacerbação formal de início e ao transcorrer da Olimpíada do Rio de Janeiro, a única conclusão racional a que se chega é que o País vive tempo de magnificência completa. Portanto, longe de qualquer crise porventura existente. Ledo engano. Não há exagero em dizer que a única coisa que prospera e campeia por todos os becos deste país continental é a desenfreada corrupção, somada à pesada carga tributária suportada pela população. A saúde, segurança pública, educação e tudo o mais estão um verdadeiro caos. Nada funciona, é uma lástima só. Basta ressaltar que o Congresso Nacional, composto de 594 membros, cada um com direito a 25 assessores, desde há muito se dedica no seu maior tempo a resolver dois problemas que parecem não ter fim e que nenhum benéfico trazem à população, ao contrário, trazem óbice ao progresso do País em todos os sentidos: trata-se de duas inutilidades somadas à nocividade que se chamam Dilma e Eduardo Cunha. A propósito: quando irão aprovar as tão necessárias como impostergáveis Dez Medidas Contra a Corrupção, propostas pelo Ministério Público Federal? Onde está o critério de bom senso dos legisladores? Até quando teremos que conviver com essas lástimas chamadas Dilma e Eduardo Cunha?
ANTONIO FRANCISCO DA SILVA (advogado) – Ibiporã

Petrobras e o desvio astronômico
A caixa preta de um avião incumbe revelar a causa da queda da aeronave. Coisa semelhante acontece também com o caixa de uma empresa. Recentemente, a Petrobras publicou nos jornais seu balanço de 2015 e, na sua conta caixa, consta um valor astronômico, ou seja, R$ 97,845 bilhões. É muito dinheiro para quem tem a venda mensal de R$ 26,8 bilhões. Presumo adivinhar que esse valor da conta caixa é fictício. Se pressupor que nenhum contador contabiliza o pagamento de propina, então o que pode acontecer na contabilidade? Obviamente, vai sobrar o valor na conta caixa. Portanto, R$ 97,845 bilhões que constam no balanço menos o valor de dinheiro que realmente existiu em 31/12/2015. Seria essa diferença o valor exato desviado da Petrobras.
OSAMU ARAZAWA (contador) – Londrina

■ As car­tas de­vem ter no má­xi­mo 700 ca­rac­te­res e vir acom­pa­nha­das de no­me com­ple­to, RG, en­de­re­ço, ci­da­de, te­le­fo­ne e pro­fis­são ou ocu­pa­ção. As opi­niões po­de­rão ser re­su­mi­das pe­lo jornal. E-­mail: opi­niao@fo­lha­de­lon­dri­na.com.br