Ao acompanharem o estado de saúde do apresentador de TV Fausto Silva e a angústia dele e da família durante o período de espera por um transplante de coração, os veículos de imprensa lançaram luz à situação de milhares de brasileiros que aguardavam por um órgão. Entre esses brasileiros estava o menino Augusto Borges Teixeira, de nove anos, morador da zona leste de Londrina, que teve o seu "final feliz" nesta segunda-feira (6), ao ter alta do Hospital Infantil depois de ter sido submetido a um transplante de coração no dia 15 de setembro.

“(O coração) está batendo bem, bastante, um coração normal”, definiu o menino aos repórteres que aguardavam a sua saída do hospital, onde foi operado pela equipe do cardiologista Luiz Takeshi Nagahashi. A criança nasceu com miocardiopatia dilatada, doença diagnosticada ainda na gravidez. “É uma condição na qual a função do coração fica bastante diminuída”, explica o Nagahashi.

Aos três meses de vida Augusto passou por um procedimento cirúrgico. Mas neste ano o estado de saúde voltou a preocupar. Foram 70 dias aguardando o sonhando transplante. Devido à condição gravíssima, o menino foi priorizado na fila de transplante. O primeiro órgão compatível na fila foi dele e o doador foi do Paraná.

A saída de Augusto do hospital, que pertence à Iscal (Irmandade Santa Casa), foi celebrada por funcionários, equipe médica e marcada por homenagens. Bexigas vermelhas simbolizando um coração deram o tom da celebração. Com a oportunidade de poder pensar no futuro, já sabe qual deve ser a profissão a seguir: médico. “Para ajudar as pessoas e salvar vidas”, ressalta.

A história do palmeirense Augusto é uma bela dose de esperança para as 30 pessoas que estão, hoje, na fila de transplante de coração no Paraná - é o quarto órgão com maior espera no Estado. São duas crianças entre um e cinco anos, uma entre seis e dez anos, três entre 11 e 17 anos, cinco entre 18 e 34 anos, seis entre 35 e 49 anos e 13 entre 50 e 64 anos.

A Folha de Londrina sabe o quanto é importante divulgar histórias como a do londrinense de nove anos, que teve a vida e a esperança renovada ao ganhar um coração novo. É uma forma de conscientizar e incentivar a doação de órgãos.

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