As universidades estão ancoradas sobre três pilares, do ensino, da pesquisa e da extensão. Todos contribuem de maneira indissociável na formação integral dos seus estudantes. Hoje, queremos destacar o papel da extensão acadêmica, que ganha evidência por meio de um Termo de Cooperação Técnica firmado entre o TCE (Tribunal de Contas do Estado do Paraná), a Seti-PR (Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Estado) e as sete universidades estaduais do Paraná.

O objetivo da parceria é implementar um programa de extensão universitária de apoio à fiscalização da gestão pública paranaense e fomentar o controle social do gasto público, por meio de capacitação e engajamento.

O primeiro de 14 projetos, denominado "Ver a Cidade: Parceria TCE, Crea e Universidades", já em elaboração, envolve um grande número de disciplinas universitárias e será realizado em conjunto com as quatro universidades que possuem cursos de engenharia civil. São elas: UEL (Universidade Estadual de Londrina), UEM (Universidade Estadual de Maringá), UEPG (Universidade Estadual de Ponta Grossa) e Unioeste (Universidade Estadual do Oeste do Paraná).

Sessenta alunos, futuros engenheiros, vão atuar na fiscalização de obras públicas do Tribunal, com a supervisão do Crea-Pr (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná).

Essa iniciativa visa ampliar e otimizar a fiscalização e a divulgação das informações das obras públicas paralisadas nos municípios paranaenses, enquanto proporciona ao estudante de engenharia civil a experiência de auxiliar na fiscalização dessas obras na sua cidade e região. Com isso, também pretende desenvolver a cidadania e agregar conhecimento sobre obras públicas aos universitários.

Além de visitar obras in loco nos municípios, as equipes vão atualizar o cadastro virtual de obras públicas, de caráter declaratório, que compõe o PIT (Portal Informação para Todos). Hospedado no site do TCE-PR, o PIT hoje aponta a existência de 1.083 obras nos 399 municípios do Paraná.

O presidente do TCE, conselheiro Fernando Guimarães, defendeu que os projetos sempre alcancem o maior número possível de disciplinas. "Tenho certeza que todos, TCE, universidades, alunos e, especialmente, a sociedade, verão bons resultados no decorrer dos próximos anos", completou.

"O Tribunal olhou para as universidades e enxergou o potencial e a capilaridade estadual das instituições, vendo nelas um braço importante de atuação do poder público, com a expertise de seus professores e alunos sendo colocada à disposição da sociedade", disse o secretário da Seti-PR, Aldo Nelson Bona.

É imenso o ganho para todas as partes envolvidas e para os acadêmicos é a oportunidade de adquirir um tipo de conhecimento singular, que resulta das experiências construídas em campo de trabalho, do exercício na prática.

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