Primeira representante do alto escalão do governo Lula a visitar Londrina, a ministra da Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, cumpriu agenda nesta quinta-feira (1) na cidade e conferiu os avanços de um projeto extremamente importante. Trata-se do Letramento Digital, implantado como piloto em escolas de Londrina e de Pato Branco (Sudoeste).

A ministra conheceu na prática o funcionamento e os resultados do projeto criado para capacitar multiplicadores na área da Indústria 4.0 e Educação 4.0 e ensinar aos alunos sobre tecnologias e o futuro do trabalho. O ministério está de olho em iniciativas que possam ser replicadas em escala nacional com o intuito de transformar a ciência e a tecnologia em pilares do desenvolvimento do país.

Santos visitou a Escola Municipal Maestro Roberto Pereira Panico, no jardim São Vicente Palotti, na zona leste de Londrina, e classificou o projeto de Letramento Digital como uma “experiência de inclusão magnífica” porque ajuda, desde muito cedo, as crianças a compreenderem a era digital.

“Queremos que essa experiência ganhe escala nacional. E isso nós vamos dar conta porque conseguimos recompor integralmente o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Foram R$ 10 bilhões de recursos do fundo", afirmou a ministra.

Em Londrina, o Letramento Digital atende atualmente 77 alunos da rede municipal de educação, mas o programa começa a ser ampliado a partir do segundo semestre com a expectativa de chegar a 32 escolas e alcançar entre 600 e 700 crianças. Até 2024, a previsão é incluir dois mil alunos da rede. O número de multiplicadores de conhecimento também deverá crescer dos atuais 70 para 120.

O programa oferece aos alunos 90 horas de capacitação em pensamento computacional, fundamentos da programação e robótica e prototipagem. Os multiplicadores recebem formação que vai de 173 a 240 horas.

Sabemos que as chamadas Tecnologias da Informação e da Comunicação vêm acelerando mudanças importantes no mundo inteiro e as pessoas que não conseguem acompanhar toda essa evolução acabam vivenciando uma situação de exclusão digital.

Há muitos fatores que interferem nessa situação de exclusão, como o alto preço das ferramentas digitais, problemas de infraestrutura para acesso e desconhecimento sobre o uso dessas ferramentas. O resultado acaba sendo o analfabetismo digital, que impacta no mercado de trabalho, nos índices de produtividade de um país e acentua as diferenças sociais.

O letramento digital é uma arma muito poderosa porque desenvolve habilidades e competências nas crianças e jovens, preparando-os para os desafios de uma realidade digital.

Muito bom saber que um projeto paranaense de letramento digital pode ser levado para as escolas de todo o Brasil.

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