A necessidade de aumento da eficiência da malha ferroviária paranaense foi tema de reunião nesta semana, no dia 15 de abril, em Curitiba, entre membros do Conselho Temático de Infraestrutura da Fiep (Federação das Indústrias do Paraná) e usuários das ferrovias.

Uma das principais conclusões da reunião foi de que o Paraná vive um momento decisivo para definir projetos que ampliem e aumentem a eficiência de sua malha ferroviária, fator considerado fundamental para acompanhar o constante crescimento do setor produtivo do Estado.

Para os participantes do encontro, parte da solução dos problemas atuais passa por investimentos e melhorias no modelo de concessão da chamada Malha Sul, que liga principalmente as regiões Norte e Noroeste do Estado ao Porto de Paranaguá, cujo contrato está próximo do final - ele se encerra em 2027.

O presidente do Sistema Fiep, Edson Vasconcelos, destacou que o Paraná vive uma “janela de oportunidade” para discutir o tema, devido ao fim do período de concessão da Malha Sul em três anos. “Então, é importante ouvir e estar próximo ao usuário para entender quais são as dificuldades que ele tem e os grandes gargalos que existem hoje nesse modal”, disse.

Nos próximos meses, serão realizadas reuniões regionais, organizadas pela Fiep, para tratar especificamente das questões de infraestrutura, que servirão também para iniciar uma nova atualização do Plano Estadual de Logística em Transporte, o PELT.

A reunião desta semana faz parte de uma mobilização que a Fiep iniciou neste mês para discutir em profundidade, com participação dos diferentes atores envolvidos, as condições da infraestrutura logística utilizada pelo setor produtivo paranaense. O primeiro encontro, que analisou as condições dos portos, foi realizado no último dia 3.

Investir em novos modais de transporte é uma reivindicação antiga do setor produtivo paranaense. De uma maneira simples, tirando a pressão do tráfego rodoviário, há redução de congestionamentos nas estradas, proporcionando segurança viária, fluidez do transporte e redução de poluentes na atmosfera.

É sabido que existem várias dificuldades para os governos federal e estadual fazer a diversificação nos modais de transporte, como a necessidade de investimento financeiro elevado e o longo tempo de implementação de um projeto para ampliar, por exemplo, a malha ferroviária.

Grandes projetos de transporte, desde a sua concepção até conclusão, podem levar anos, até mesmo décadas. Isso é um desafio para os governos que procuram uma solução rápida. Mas não só o Paraná como também o Brasil precisam fazer acontecer um grande programa de qualidade de infraestrutura de transporte.

Para tanto é preciso superar interesses políticos e econômicos que buscam apenas soluções imediatistas, vencer qualquer resistências à mudança e buscar com perseverança a viabilização econômica para projetos de infraestrutura de mobilidade.

Obrigado por ler a FOLHA!