Infraestrutura é um tema bastante sensível para londrinenses e moradores de outras cidades da região. Pagar os maiores preços de pedágio do Brasil por décadas é só um dos problemas enfrentados pelo paranaense. A longa espera por obras de melhoria de mobilidade também ajuda a tirar a paz de quem deseja simplesmente se locomover com mais rapidez e segurança e para empresários que sonham em tornar os seus negócios mais competitivos.

O histórico de demora na conclusão de obras desafia a lógica das licitações públicas e o cidadão fica preso a situações extremamente complicadas. É o caso da construção da trincheira no cruzamento das avenidas Rio Branco e Leste-Oeste, uma obra importantíssima com histórico de atraso e prejuízo a comerciantes do entorno.

A última notícia de entrave em obra de infraestrutura foi o rompimento, por parte do governo do Paraná, do contrato com a empresa que havia vencido a licitação para construir o viaduto da PUC, na zona oeste de Londrina.

A medida foi tomada pelo Estado quase três meses depois do evento feito na BR-369 para marcar a assinatura da ordem de serviço para início dos trabalhos. Neste período, nada foi feito pelo consórcio vencedor da licitação e que reunia três empreiteiras.

A vencedora da licitação foi retirada do processo por descumprimento contratual e falta de compromisso com o cronograma. A segunda colocada no certame foi convocada para assumir a edificação e aceitou.

O viaduto ficará no cruzamento da BR-369 com a avenida Jockei Club, com a rodovia sendo elevada e a execução de uma passagem inferior com duas pistas duplas ligadas a duas rotatórias. A previsão é de um ano de serviços, a partir da autorização.

Para o cidadão que espera por uma obra em seu bairro ou cidade, qualquer atraso é bastante frustrante. A nova Lei de Licitações promete modernizar e tornar mais eficiente o processo de compra e contratação de obras e serviços da administração pública. Prefeituras, Estados e Executivo federal têm até dezembro para estarem em acordo com a nova legislação.

Se as leis se adaptam para ser um reflexo do contexto social no tempo, espera-se que as novas regras ajudem a otimizar mais o processo de execução de uma obra, salvaguardando a transparência e os mecanismos de controle que precisam estar presentes em qualquer licitação.

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