''Um terreno no lugar denominado Olaria Velha, no rocio da Colônia Militar de Jataí'', titulado em 1873 e que herdeiros vendem a Oswaldo Ramalho, em 5 de fevereiro de 1930, causa um conflito que só termina em 1936. Pelo calhamaço do Comissariado de Terras do Paraná arquivado em São Jerônimo, Ramalho alegou que Mábio Palhano incluiu arbitrariamente a propriedade no perímetro urbano de Jataí mandou ''capangas'' armados expulsar o agregado que lá estava.
Mábio afirma que Ramalho, ''recém-chegado'' a Jataí, e o subdelegado de polícia, tenente Augusto de Almeida Garret, fraudaram uma escritura para avançar sobre a posse de outro cidadão, acrescentando o nome ''Potreiro''. E mais: Ramalho se juntou a Daniel Martins e Aniceto Pires para ''instalar a sua tenda de grilos''.
Segundo relatório do tenente Moraes Sarmento, o argentino Aniceto Pires, ''com uniforme de primeiro tenente do Exército Nacional [brasileiro], chefiando um bando de oito a dez homens armados'' deixou a população de Jataí ''em estado de terror'', em outubro de 1930. E voltou a agir em novembro, ''deportando sumariamente e a viva força, com as respectivas famílias incluindo senhoras e crianças em tenra idade'', os senhores Joacy, Edson, Heber e Kepler Gonçalves Palhano. A seguir, invadiu duas casas de Mábio, obrigando Joto Casadio de Riolo, que tomava conta, a entregar-lhe documentos.
São Jerônimo já estava sob intervenção da Revolução de 30, que anulou a concessão a Mábio em 26 de novembro. Em novembro de 1931, Oswaldo Ramalho é nomeado presidente da comissão administrativa do distrito. Finalmente, a Câmara Municipal de Jataí autoriza, em 21 de julho de 1936, a transferência a Ramalho de 42 alqueires conforme ''a divisão estabelecida pelo título definitivo expedido em 1873, do patrimônio municipal em outro lugar correspondente a uma parte da área estabelecida na letra B e o restante em dinheiro, à razão de 400 mil réis por alqueire, em prestações''. (W.S.)