No início do mês, uma tentativa de fuga terminou em morte na Cadeia Pública de Cambará
No início do mês, uma tentativa de fuga terminou em morte na Cadeia Pública de Cambará | Foto: Luiz Guilherme Bannwart



Em nota, o Departamento Penitenciário (Depen) informou que no momento não seria possível apresentar os números referentes à população carcerária no Norte Pioneiro. Porém, que a Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná, assim como a direção da Polícia Civil, estão cientes do problema de superlotação e das fugas registradas nas carceragens das delegacias do Estado e salientou que já houve avanços. Segundo o órgão, no início de 2011 a Polícia Civil gerenciava em torno 14 mil presos e hoje o número é de aproximadamente 9,5 mil custodiados.
Ainda de acordo com Depen, a cúpula da segurança pública estadual tem trabalhado para zerar o número de presos nas delegacias. Semanalmente, o Comitê de Transferência de Presos (Cotransp), que conta com representantes do Poder Judiciário e do Ministério Público, autoriza a transferência de presos de delegacias para o sistema prisional. No entanto, as vagas são abertas somente com a saída de presos, o que depende de autorização do Poder Judiciário.
A solução para os casos de superlotação carcerária, segundo o Depen, será a construção de 14 penitenciárias e a ampliação das unidades prisionais do Estado, que irão oferecer cerca de 7 mil novas vagas. A previsão é de que até o meio do ano que vem estejam disponíveis mais de 2,4 mil vagas e até o fim de 2018 todas as quase 7 mil.
Além disso, uma alternativa é a adoção das tornozeleiras eletrônicas para os presos que cometeram crimes de menor potencial ofensivo e que passam a ser monitorados a partir do Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) da Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária. O número de presos monitorados subiu de 500, no início de 2015, para mais de 6 mil este ano. Para atender as regiões Norte e Norte pioneiro do Estado está prevista a Construção da Cadeia Pública de Londrina, que irá abrigar 752 presos. A obra deve ter início nos primeiros meses de 2018.
A instalação de celas modulares equipadas com camas e banheiro também irá ampliar a capacidade de atendimento nas unidades já existentes. É o caso da Cadeia Pública de Cornélio Procópio, que irá receber 12 módulos com capacidade para receber 120 presos.