Se dependesse do empresário Sueo Matsubara, todo o complexo Yara estaria como antes, aguardando as definições que poderão transformar o local em um ponto de turístico, com referência internacional. A pedido de amigos, o grupo Matsubara decidiu recuperar a piscina e parte do lago existente no local. A idéia é atrair milhares de pessoas de toda a região neste verão para desfrutar das maravilhas que o local oferece.

O empresário afirmou recentemente que não estaria disposto a vender as Termas Yara, porque pretende implantar um complexo turístico, que teria participação e capital estrangeiro. Os contatos, conforme Sueo Matsubara, estão sendo encaminhados através de representantes do grupo em São Paulo e no exterior.

Disposto a não comentar totalmente o projeto que pretende desenvolver na propriedade, Matsubara adianta que tudo será divulgado no momento certo, para não criar expectativas negativas ou frustação na população. ''Hoje, qualquer investimento requer um profundo estudo de viabilidade e principalmente de capital'', justifica.

Depois de conversar com a família, Matsubara autorizou a recuperação da piscina, dos banheiros, das instalações do bar e da lanchonete e parte do lago localizado ao lado da piscina, permitindo a prática de alguns esportes náuticos e pesca. Os banhistas que pretendem desfrutar das piscinas pagam R$ 3,00 (mulheres) e R$ 5,00 (homens).

Também foi melhorada toda a área localizada às margens da piscina e churrasqueiras e parte do mato também foi cortado. As Termas Yara ficam a nove quilômetros do centro de Bandeirantes.

Já o Hotel Yara, que foi um dos mais modernos do interior do País nos anos 50, 60 e 70, continua sendo destruído pela ação do tempo. A paisagem do hotel se desintegrando chama a atenção dos visitantes que nos primeiros dias de abertura da piscina, lotaram o local. O empresário Pedro Agra, de Bandeirantes, e que possui uma estância particular próxima da Yara, classificou o abandodo como lamentável. ''Isto aqui é um patrimônio histórico que está se deteriorando, para a nossa tristeza e de toda a população de Bandeirantes'', lamentou. ''Existem poucos locais como este em todo o mundo. A água aqui encontrada é rara e tem uma importante composição química que permite a cura de inúmeras doenças e enfermidades da pele''.

Outro empresário que também lamentou a situação foi Celso Silva. Ele defende ações mais concretas para reverter o quadro e transformar o local numa estância moderna e que possibilite o acesso de turistas do País e do Exterior. Segundo o empresário, a responsabilidade não pode ser apenas atribuída à família Matsubara, mas sim de todos os segmentos organizados da sociedade de Bandeirantes. ''É necessário criar uma consciência comunitária de que aquela estância é importante, não só para o desenvolvimento de Bandeirantes e da região, como também de uma opção importante no turismo saúde, hoje muito propagado em todo o mundo e no lazer de nossa população'', disse Silva.

Ele destaca a composição da água que diariamente jorra no centro da piscina e segue para rios da região, como uma das mais importantes e completas do mundo. ''Só há uma estância que pode ser comparada à Yara em todo o planeta e ela está a milhares de quilômetros daqui, em Kalsbad, na República Tcheca, na Europa. Será que apenas este referencial não é suficiente para despertar, não só a família Matsubara, como também as autoridades estaduais e federais'', questionou o empresário.