Estocolmo - O fundador do Wikileaks, Julian Assange, comemorou nesta sexta-feira (19) da varanda da embaixada do Equador em Londres "uma vitória importante" após o arquivamento na Suécia da investigação por estupro que pesava contra ele. "Este dia é uma vitória importante para mim e para o sistema de direitos da ONU", disse Assange, que há cinco anos estava refugiado na embaixada equatoriana para escapar de uma possível extradição.
Em declarações à imprensa em Estocolmo, a promotora Marianne Ny anunciou que "decidiu arquivar a investigação por suposto estupro contra Julian Assange", e pediu a retirada do mandado de detenção europeu em vigor desde 2010. Faltando três anos para a prescrição do caso, a promotora explicou que a decisão foi tomada em razão da ineficiência de um procedimento excepcionalmente longo, e não à luz de novos fatos.
Apesar do alívio demonstrado, o australiano escreveu no Twitter que "não esquece e não perdoa" ter sido privado de liberdade durante sete anos.
Em Estocolmo, a denunciante sueca que acusa Julian Assange de estupro considera um "escândalo" o arquivamento do processo e, "chocada", mantém as acusações, afirmou a advogada Elisabeth Fritz.
A denunciante acusa Assange de ter mantido uma relação sexual desprotegida enquanto ela dormia, na noite de 16 para 17 de agosto de 2010. Ele argumenta que ela consentiu e concordou em não usar preservativo.