Nova York - O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou, por unanimidade, uma resolução reforçando as sanções contra a Coreia do Norte, em resposta ao quinto teste nuclear do país. Na nova resolução, votada na quarta-feira (30), o conselho decidiu que o país não deve fornecer, vender ou transferir carvão, ferro e minério de ferro do seu território, exceto para fins de subsistência. As informações são da agência chinesa Xinhua.

O conselho fixa um limite máximo para a exportação de carvão pela Coreia do Norte, que não pode ultrapassar US$ 400,9 milhões ou 7,5 milhões de toneladas métricas do produto por ano, o que for menor, a partir de 1º de janeiro de 2017. Além disso, o órgão proíbe a venda de cobre, níquel, prata, zinco e estátuas do país.

Em 9 de setembro, a Coreia do Norte realizou mais um teste de explosão de ogivas nucleares. Foi o quinto teste nuclear de Pyongyang, realizado oito meses após o anterior. "O governo chinês se opõe firmemente a tal ato", disse o embaixador chinês na ONU, Liu Jieyi. "A resolução adotada pelo conselho demonstra a posição uniforme da comunidade internacional contra o desenvolvimento pela Coreia do Norte de seus programas nucleares e de mísseis e para a manutenção do regime internacional de não proliferação nuclear," disse Jieyi.

Após o conselho aprovar a resolução, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que a nova resolução "envia uma mensagem inequívoca" de que a Coreia do Norte deve cessar outras ações provocatórias e cumprir plenamente as suas obrigações internacionais. "A Coreia do Norte deve reverter seu curso e avançar para o caminho da desnuclearização através de um diálogo sincero", disse Ki-moon, ao mesmo tempo em que estimula a comunidade internacional a melhorar as condições de vida do povo coreano.

Até agora, o Conselho de Segurança aprovou seis resoluções para conter os programas nucleares e de mísseis norte-coreanos. Em março, impôs severas sanções, incluindo uma proibição de exportação e congelamento de ativos na Coreia do Norte, em resposta ao seu teste de bomba H realizado em janeiro. O país também realizou testes nucleares subterrâneos em 2006, 2009 e 2013.