Paris – A decisão americana gerou uma onda de manifestações em todo o mundo. Com exceção de Israel, os outros líderes mundiais criticaram a medida. O presidente da Palestina, Mahmoud Abbas, afirmou que Jerusalém é a "eterna capital do Estado da Palestina" e que a decisão "equivale aos EUA abandonarem seu papel como mediador do processo de paz".
O secretário-geral da OLP (Organização para a Libertação da Palestina), Saeb Erakat, declarou que Trump destruiu a solução de dois Estados. O status de Jerusalém deve ser decidido por uma "negociação direta" entre israelenses e palestinos, declarou o secretário-geral da ONU, António Guterres. A chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, expressou, em nome da União Europeia, sua "séria preocupação".
O presidente francês, Emmanuel Macron, qualificou de "lamentável" e pediu para que se evite "a violência a qualquer preço". O governo britânico também criticou. "Acreditamos que é de pouca ajuda no que diz respeito à perspectiva de paz na região", expressou o governo de Theresa May. A chanceler alemã, Angela Merkel, declarou que seu governo não apoia a decisão de Trump.
O porta-voz do governo jordaniano, Mohamed Mumeni, disse que decisão "constitui uma violação das decisões do direito internacional e da Carta das Nações Unidas". O movimento islamita palestino Hamas afirmou que a decisão "abriu as portas do inferno".
No Twitter, o ministro turco das Relações Exteriores da Turquia, Mevlut Cavusoglu, disse que decisão é "irresponsável" e que "vai contra a lei internacional e importantes resoluções das Nações Unidas". O Irã advertiu para o risco de um novo levante palestino.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, foi o único a comemorar o "dia histórico" e assegurou que esta não mudará o status quo em torno dos lugares sagrados da Cidade Santa para judeus, cristãos e muçulmanos.