Washington - Uma mulher foi detida na manhã desta quarta-feira (29) após avançar, com um carro, sobre policiais que fazem a segurança de um prédio anexo ao Congresso americano, em Washington. Tiros foram disparados, mas ninguém ficou ferido na ação, segundo a polícia.

De acordo com Eva Malecki, diretora de comunicação da polícia do Capitólio, pouco depois das 9 horas (10 horas de Brasília) agentes tentaram parar um veículo que era conduzido "de forma errática e agressiva" próximo ao prédio Rayburn, um dos quatro anexos do Congresso que abrigam escritórios. Após alguns disparos, o carro foi parado e a motorista, rendida. Eva Malecki, contudo, disse que o incidente não aparentava ter "conexão com terrorismo" e que era tratado como uma ação criminosa. "Este ato parece ser de natureza criminal, sem vínculos com o terrorismo, e por isso o Capitólio permaneceu aberto ao público", disse Eva.

A mulher dirigia pela Independence Avenue, avenida que separa os jardins do Capitólio do prédio Rayburn. "Durante a tentativa de prender o suspeito, tiros foram disparados", acrescentou Eva Malecki. A polícia do Capitólio é uma entidade diferente da polícia metropolitana de Washington, e protege a sede do Congresso e seus arredores. A identidade da motorista não havia sido divulgada até o fechamento desta edição.

O incidente ocorreu uma semana depois de um homem avançar com um carro sobre pedestres perto do Parlamento britânico, em Londres, matando três pessoas e ferindo outras 40, antes de tentar entrar no prédio e matar um policial esfaqueado.

Após o incidente, a parte exterior do Capitólio foi rapidamente esvaziada, mas as atividades dentro do Congresso seguiram normalmente durante o dia.

No início do mês, Jonathan Tran, de 26 anos, pulou a cerca da Casa Branca e ficou nos jardins por 16 minutos antes de ser detido por agentes do serviço secreto. Ele não chegou a entrar na residência, como ocorreu em 2014, quando um veterano da Guerra do Iraque com distúrbios psicológicos invadiu o local com uma faca.