Dezenas de pessoas queimaram hoje vagões de vários comboios de trens, em três estações ao redor de Buenos Aires, em aparentes explosões de fúria contra os atrasos. O governo argentino afirma que foi uma sabotagem. Os incidentes aconteceram nas estações de Haedo, Ramos Mejía e Ciudadela, na periferia oeste da capital argentina, informaram canais de televisão que divulgaram imagens dos vagões incendiados.

O vandalismo ocorreu após o descarrilamento de um trem entre duas estações na capital argentina, o que levou a atrasos em praticamente toda a linha de trens Sarmiento, que une a capital ao oeste da província de Buenos Aires. Gustavo Gago, porta-voz da empresa Trenes de Buenos Aires (TBA), concessionária da linha, disse que o comboio atacado em primeiro lugar pela multidão estava na estação Haedo.

A TBA entrou com uma denúncia por sabotagem na Justiça, ao afirmar que foram arrancados trilhos e isso fez com que o primeiro trem descarrilasse, provocando atrasos na linha inteira. Gago afirma que a primeira composição atacada estava detida na estação Haedo, sem condições de avançar, quando um grupo de pessoas "começou a colocar fogo" nos vagões.

Pouco depois os incidentes se repetiram na estação Ramos Mejía, onde pessoas incendiaram pelo menos três vagões de outro comboio que estava detido. Maquinistas foram agredidos, também na estação Ciudadela, e foram depredadas as bilheterias. A linha foi totalmente interrompida.

O chefe do gabinete de governo, Aníbal Fernández, disse que o incêndio foi um "ato de sabotagem". Ele lembrou que em uma via férrea "faltavam os elementos de fixação", ou seja, os trilhos, que foram arrancados. Isso provocou o descarrilamento de um trem e os atrasos na linha inteira. As informações são da Associated Press