Uma aplicação benéfica da Inteligência Artificial está na área da saúde, para analisar imagens microscópicas computadorizadas a fim de identificar tendências de desenvolvimento de células cancerígenas, por exemplo. "O tempo de exame seria muito mais reduzido, e a certeza também poderia ficar muito mais alta. Todo problema complexo que demoraria muito tempo para ficar testando ‘na mão’, os algoritmos podem solucionar de maneira muito mais rápida", diz o professor Orides Morandin Junior, da UFSCar.
Nas redes sociais, a IA poderia ser capaz de aprender o perfil de uso de seus usuários para detectar um eventual roubo de conta, exemplifica Sylvio Barbon Junior, professor do Departamento de Computação da Universidade Estadual de Londrina (UEL). Na próxima semana, ele vai proferir uma palestra sobre "Inteligência Artificial em Segurança de Redes Sociais" na X Semana Tecnológica do Centro Universitário Filadélfia (UniFil).
"A ideia é aprender como o usuário usa a rede social para, em um momento que a sua conta é comprometida, conseguir identificar que (um intruso) não é o dono da conta pelo modo de se expressar, pelas suas características textuais e de uso." O assunto já é tema de pesquisa de estudantes de mestrado da UEL, afirma Barbon Junior. Outras pesquisas envolvem a identificação de um usuário com apenas 12 tuítes, detectar quando um tuíte foi escrito por uma pessoa ou um robô para evitar que este seja considerado um toptrend legítimo, ou o reconhecimento de autoria partindo da análise da linha da emoção dos textos. Barbon Junior lembra que a Inteligência Artificial surgiu em livros de ficção científica e foi para o cinema até chegar à realidade, com os primeiros modelos matemáticos criados da década de 1950. "Hoje, está no nosso celular." (M.F.C.)