Morador do Jardim Columbia há três anos, João Antonio Neto conta que a sensação de segurança aumentou muito desde que os policiais passaram a fazer patrulhamento diário no bairro. Antes deste trabalho, os assaltos eram constantes na região. "Agora, todo dia temos policiamento. Estamos nos sentindo mais seguros", afirma. Segundo ele, por meio das conversas com os PMs, os moradores têm a chance de conhecê-los melhor e criar uma relação mais próxima.

No Jardim Bandeirantes, região oeste, onde o projeto Bolo de Fubá começou há cerca de um mês, o comerciante Ronaldo Gardin, dono de uma loja de móveis usados no bairro, diz que as pessoas já estão mais unidas no combate à criminalidade. "Houve uma aproximação da polícia com a comunidade", afirma. Segundo ele, pelo grupo de WhatsApp, que reúne moradores, comerciantes e a PM, eles trocam informações e alertam sobre possíveis riscos à segurança. "Já notamos que diminuiu a circulação de pessoas suspeitas no bairro."

O capitão Marcos Tordoro destaca que os grupos de WhatsApp funcionam como um canal informal de contato. Porém, para acionar a PM ou pedir por atendimento emergencial, os moradores devem ligar para o 190.

A intenção do idealizador do Bolo de Fubá é que todos os bairros de Londrina recebam esse tipo de patrulhamento no modelo de polícia comunitária. "Já estamos presentes nas zonas sul e leste e trabalhamos para impactar cidadãos e PMs que ainda não estão engajados na missão", diz. Segundo Tordoro, em alguns bairros, foi possível zerar por completo os crimes. Em outros, os índices caíram significativamente. "Não prometemos resolver todos os problemas do bairro, mas fazer o nosso melhor para minimizar a insegurança." (A.S.)