A UEL (Universidade Estadual de Londrina) está entre as melhores universidades do país de acordo com os indicadores do MEC (Ministério da Educação), que avaliam a qualidade do ensino nos cursos de graduação e pós-graduação. Em uma escala de 1 a 5, a UEL ficou com a nota 4, considerada muito alta. Entre as sete universidades estaduais, a Unioeste (Universidade Estadual do Oeste do Paraná) foi a única a atingir a nota máxima.

O IGC (Índice Geral de Cursos) é calculado pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), que é vinculado ao MEC. O indicador avalia a qualidade dos cursos de graduação e pós-graduação (mestrado e doutorado), levando em conta fatores como as notas do Enade (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes), a porcentagem de professores que são mestres e doutores e a evolução do desempenho dos estudantes na comparação com as notas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).

Nos dados divulgados em 2024, referente ao ano de 2022, a UEL teve oito cursos avaliados: um com nota 3, um com nota 5 e o restante com nota 4, que foi a média geral da universidade. Na edição anterior, em 2023 e referente ao ano de 2021, foram avaliados 22 cursos, sendo dois com nota 5, outros dois com nota 3 e 18 com nota 4.

Dentre as outras sete universidades estaduais do Paraná, apenas a Unioeste conseguiu alcançar nota 5. UEM (Universidade Estadual de Maringá), Unicentro (Universidade Estadual do Centro-Oeste), UENP (Universidade Estadual do Norte do Paraná) e a Unespar (Universidade Estadual do Paraná) também ficaram com a nota 4 no IGC do MEC. A UFPR (Universidade Federal do Paraná) também conquistou nota máxima.

NECESSIDADES

Para Airton José Petris, vice-reitor da UEL, a nota é uma "recompensa ao trabalho que vem sendo desenvolvido ao longo dos anos". Ele diz que não é uma surpresa que as universidades paranaenses estejam entre as melhores do país, já que é feito um trabalho organizado para que os cursos de graduação e de pós-graduação sejam de qualidade. “Esses indicadores refletem exatamente a capacidade que essas universidades têm de fazer um bom ensino e uma boa formação”, afirma.

Em relação à UEL, Petris reforça que ações tomadas ao longo dos últimos anos vêm contribuindo para que a universidade esteja em destaque. O primeiro ponto é em relação aos investimentos em adequações nos projetos pedagógicos dos cursos. Outra peça fundamental que o vice-reitor destaca são os alunos, que podem participar de uma gama de projetos de ensino, pesquisa e extensão, fortalecendo o aprendizado. “A formação não é só na sala de aula, a formação contempla todas essas outras ações que a universidade faz”, aponta.

Para o futuro, Petris ressalta que as universidades vão precisar aliar a grade de cursos às necessidades do momento. “Eu acredito que nos próximos anos as universidades terão que investir em novos cursos, em cursos mais contemporâneos e que respondam mais às necessidades não só do mercado de trabalho, mas que possam, de certa forma, melhorar a qualidade de vida da sociedade como um todo”, opina.

Como exemplo de mudança, o vice-reitor cita o curso de Ciência de Dados e Inteligência Artificial. “É um movimento da universidade no sentido de qualificar e de trabalhar com cursos mais complexos, mas que têm uma demanda específica e que nós estamos estabelecendo de uma forma efetiva com a contratação de docentes e com a melhoria na estrutura, que é o que acaba refletindo nesses indicadores”, reforça.