"Não estamos falando de expansão no quadro de pessoal, mas apenas em substituições", explicou Berenice Jordão
"Não estamos falando de expansão no quadro de pessoal, mas apenas em substituições", explicou Berenice Jordão | Foto: Devanir Parra/CML



A reitora da UEL (Universidade Estadual de Londrina), Berenice Jordão, apresentou nesta terça-feira (22), na Câmara Municipal, a situação financeira da instituição de ensino. Ela classificou que a reposição do quadro de funcionários é uma das principais pendências enfrentadas hoje. Segundo balanço apresentado no Legislativo, 841 servidores teriam que ser admitidos por meio de concurso público. Esse é o número apontado como ideal pela reitora para o funcionamento da universidade.

Desse total, 542 são técnico-administrativos e 299, professores. Para a reitora, o prejuízo na área de docência não chega a ser tão grande por conta dos últimos testes seletivos autorizados pelo governo do Estado. No entanto, para os agentes universitários, não há nomeações desde agosto de 2014. "De lá para cá, houve crescimento das vagas abertas nos mais diferentes setores por aposentadoria, mortes e outros motivos. Não estamos falando de expansão no quadro de pessoal, mas apenas em substituições", pontuou Berenice Jordão, que fez a explanação a convite da Câmara.

De acordo com a reitora, a reposição, mesmo que parcial, é essencial para "aliviar o desfalque em áreas que dependem de pessoas e não de máquinas, como o Museu Histórico e o Teatro Ouro Verde, por exemplo". "Por mais que façamos os remanejamentos, chegamos a um ponto de estrangulamento. Sem novas admissões, o problema não será solucionado", alertou.

A reitora assegurou que foram liberados cerca de R$ 2,4 milhões, o equivalente a 40% do contingenciamento de R$ 6 milhões aplicado pelo governo do Estado nas universidades estaduais que não aderiram ao Meta 4, sistema criado para gerenciar a folha de pagamento de servidores. No entanto, os recursos foram encaminhados "em situações pontuais", como o corte promovido nas bolsas concedidas a estudantes indígenas. "Não houve uma mudança contínua de desbloqueio. Foram casos separados", concluiu.

De acordo com o presidente do Sindiprol/Aduel (Sindicato dos Professores do Ensino Superior Público de Londrina e Região), Nilson Magnanin Filho, contratações temporárias não aliviam a ausência de profissionais concursados. "Os salários, assim como a carga horária, geralmente são menores. Apesar de algumas contratações desse tipo serem feitas até em maior quantidade, o vínculo dura pouco tempo, no máximo dois anos. O governo deveria repor na medida que os servidores vão se aposentando, mas não é o que acontece", relatou. A reportagem não conseguiu contato com a Assuel (Sindicato dos Servidores Públicos Técnico-administrativos da UEL).

A assessoria de imprensa do governo do Estado reforçou que, atualmente, não há contratações previstas para nenhum setor, já que o Paraná está próximo do limite prudencial estabelecido para os gastos com a folha de pagamento. Hoje, conforme a assessoria, o governo destina R$ 1,6 bilhão para a remuneração dos servidores. A assessoria não detalhou o andamento dos pedidos de contratação feitos pela UEL.(Colaborou Viviani Costa/Reportagem Local)