Londrina - Depois do tumulto ocasionado pela falta de transporte escolar no Residencial Vista Bela (Zona Norte) na quarta-feira, a Secretaria Municipal de Educação conseguiu regularizar a situação ontem. As 967 crianças que moram no bairro voltaram a ser atendidas por 22 ônibus que as transportaram a 22 escolas do município. Um novo contrato emergencial com prazo de 180 dias foi firmado entre a Prefeitura e as empresas que já realizavam o serviço para que os estudantes não perdessem mais um dia de aula.
A secretária municipal de Educação informou que os custos com o transporte escolar continuam os mesmos que já vigoravam no antigo contrato emergencial de 45 dias e que terminou no último dia 18, ocasionando a paralisação do serviço. ''O custo será de R$ 6,4 mil por dia e R$ 128 mil por mês. O transporte será feito por quatro ônibus da Dalufra e 18 da TIL (Transporte Intermunicipal de Londrina), sendo 11 veículos pela manhã e outros 11 no período da tarde. Estas foram as duas únicas empresas que apresentaram propostas para a realização do serviço'', explicou Maria Inês Galvão de Melo.
Segundo ela, o novo contrato emergencial não havia ficado pronto antes do término do antigo, porque não houve tempo suficiente para a aprovação pela Controladoria do Município. A secretária argumentou que técnicos da Secretaria Municipal de Educação já estão realizando estudos sobre os custos do transporte para que uma licitação seja realizada antes do fim do prazo de 180 previsto no atual contrato. ''Dessa forma, não correremos mais o risco de as crianças ficarem sem ônibus para irem à escola como aconteceu agora'', destacou.
A normalização do transporte escolar tranquilizou mães e pais que realizaram um protesto impedindo a passagem de ônibus que faziam linha normal do ônibus na quarta-feira e ontem estavam apreensivos até a chegada dos ônibus no bairro, por volta das 7 horas da manhã. ''Trabalho como diarista e fui obrigada a faltar no serviço porque não tinha ninguém em casa pra ficar com a minha filha. Deixei de ganhar R$ 50 e esse dinheiro vai fazer falta para pagar as contas. Isso sem falar no fato dela ter perdido um dia de aula'', afirmou Ilca Vieira, enquanto se despedia da filha de 9 anos, que estuda em uma escola do Conjunto Aquiles Stenghel (Zona Norte).