Londrina - Depois de ser adiada duas vezes somente neste ano, a inauguração do Terminal de Transporte Coletivo da Zona Oeste de Londrina segue sem data definida para ocorrer. A obra segue em ritmo lento e causa transtorno para moradores e comerciantes vizinhos. O diretor da empresa Transporte Coletivos Grande Londrina (TCGL), Gildalmo Mendonça, justificou que as chuvas e uma mudança no projeto inicial exigida pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina (Ippul) atrasaram a entrega do novo terminal.
Mendonça preferiu não dar previsão de prazo de inauguração, mas disse que "em breve" o espaço localizado no canteiro central da Avenida Leste-Oeste, no Jardim do Sol, deve começar a receber 15 linhas de ônibus e beneficiar 20 mil usuários diariamente na integração das regiões oeste, norte e sul.
"Com as chuvas, o trator e o caminhão não conseguiam entrar no terreno para fazer o aterro necessário. Agora, com o tempo firme, o ritmo vai acelerar", garantiu. Cerca de 80% da obra está concluída. Segundo ele, faltam apenas asfalto, pintura e iluminação.
O auxiliar de produção Claudinei da Silva, de 28 anos, contou que, além de não ter um lugar apropriado para embarcar no ônibus, a obra coloca em risco os pedestres que passam pelo trecho. "Quando chove, a terra vermelha invade a calçada, que fica intransitável. Para seguir adiante, temos que disputar espaço com os carros nesta avenida perigosa", reclamou. O construtor Antônio José Pereira, de 60 anos, morador no Jardim do Sol, não vê a hora de poder usar o terminal. "Teremos mais conforto, mais segurança", argumentou.
A construção do terminal está prevista desde 2004 como parte da contrapartida da TCGL pela renovação do contrato de concessão do serviço. Em janeiro daquele ano, o Município firmou o contrato por 15 anos com a empresa. Os termos da "concessão onerosa" previam a adoção de bilhetagem eletrônica, instalação de elevador e escada rolante no terminal central e 640 pontos de ônibus na cidade pela empresa vencedora da licitação. Todas as exigências foram cumpridas, com exceção do terminal, que já consumiu mais de R$ 2 milhões. A reportagem procurou a Secretaria de Obras para comentar o assunto, mas não obteve resposta até o fechamento da edição.