"Era uma vez uma pipa. O menino que a fez estava alegre e imaginou que a pipa também estaria." O início da fábula "A pipa e a flor", de Rubem Alves, representou uma outra história. Foi a partir desta leitura em sala de aula que alunos do segundo ano do ensino fundamental da Escola Municipal Norman Prochet despertaram a curiosidade sobre um dos mais antigos e democráticos brinquedos: a pipa.
Com a participação dos pais, cerca de 60 crianças se reuniram no fim de semana passado no aterro do Lago Igapó, onde confeccionaram e soltaram pipas.
A atividade foi seguida de um piquenique. A ação faz parte do projeto "Tempo de Brincar". "A ideia foi trabalhar todas as áreas de conhecimento a partir desta história", contou a supervisora pedagógica Margarida Silva Lopes.
A ansiedade em ver o brinquedo pronto não era apenas das crianças.
Na família Hodas, pai, avô e avó tentavam dar vida ao "papagaio", sob o olhar cuidadoso de Mariana, de 7 anos. "Procuramos participar ao máximo porque essas brincadeiras antigas são as melhores. Estar aqui é uma forma de todos esquecerem um pouco o celular e o computador", comentou a avó Eliethe, recordando que soltar pipa era uma das brincadeiras mais legais de sua infância.
A família Mate também guarda boas lembranças com o passatempo. Com Melissa de 3 anos, os pais Simione e Graciete acompanharam o filho mais velho Joel, de 8, na atividade. "Em Moçambique, soltar papagaio é uma brincadeira popular. A diferença é que ela é feita com plástico em vez de papel", revelou Simione, estudante de pedagogia.
Enquanto alguns pais e crianças se divertiam no aterro do Igapó, a poucos metros dali, na Escola Norman Prochet, voluntários caprichavam na reforma e manutenção. A iniciativa é do Programa Mãos que Ajudam, da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.

Também chamado de papagaio, é um brinquedo que voa baseado no princípio da força do vento e da linha que o operador segura

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