Polícia vai investigar entrada de celulares na cadeia de Cambé
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sexta-feira, 10 de novembro de 2017
Rafael Machado<br>Grupo Folha
Depois que presos de Cambé divulgaram dois vídeos no Youtube mostrando a superlotação e condições da cadeia local, a Polícia Civil instaurou inquérito para investigar como os celulares entraram no presídio. Segundo o delegado responsável pelo caso, Roberto Fernandes de Lima, o objetivo é apurar se os objetos entraram em alguma visita íntima ou até mesmo por conivência de funcionários do Depen (Departamento Penitenciário do Paraná), que cuidam da carceragem, onde estão 186 pessoas. A capacidade é para 51.
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Conforme Lima, "nenhuma cadeia do Paraná dispõe de um equipamento para identificar eventuais materiais ilícitos, como celulares". "Por mais que o Depen e a Polícia Civil façam revistas minuciosas, não podemos ser muito invasivos com relação às mulheres que visitam os detentos. A agente feminina responsável por esse serviço não pode fazer um exame ginecológico. Sem o mínimo de estrutura, dificulta bastante", afirmou o delegado.
Sobre a filmagem dentro da cadeia, a assessoria de imprensa do Depen se manifestou por meio da seguinte nota:
A Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná, assim como a direção da Polícia Civil e do Departamento de Execução Penal, estão cientes do problema de superlotação nas carceragens das delegacias do Estado. Importante salientar que já houve avanços: no início de 2011 a Polícia Civil gerenciava em torno de 14 mil presos e hoje o número é de aproximadamente 9,5 mil.
A solução para o caso de superlotação são as 14 obras de construção e ampliação de unidades prisionais. Serão abertas cerca de 7 mil novas vagas.
Uma delas é a Casa de Custódia de Londrina, que terá capacidade para abrigar 752 presos.
Importante explicar que a transferência de presos para o sistema prisional depende da autorização do Comitê de Transferência de Presos (Cotransp) local.